Copom indica fim do ciclo de alta da Selic em ata, mas mantém tom cauteloso

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Na última terça-feira, 24 de junho de 2025, o Banco Central divulgou a ata da reunião do Copom, trazendo um marco significativo para a economia brasileira. O comitê decidiu aumentar a taxa Selic de 14,75% para 15% ao ano, a maior taxa desde julho de 2006, destacando um consumo robusto e pressões inflacionárias persistentes. Contudo, a ata também indicou que o ciclo de aumento pode estar chegando ao fim, um sinal de alerta positivo em meio à cautela.

Com um consenso unânime na decisão, o Copom ponderou fatores como a resiliência da atividade econômica e a incerteza do cenário internacional. Embora essa elevação tenha sido a sétima consecutiva desde setembro do ano passado, sob a liderança de Gabriel Galípolo, as indicações são de que a Selic deve permanecer nesse patamar elevado “por um período bastante prolongado”, enfatizando que novas altas só ocorrerão em caso de deterioração considerável na economia.

Com o objetivo de atingir uma inflação de 3% ao ano – com uma margem de tolerância de 1,5% para mais ou para menos – o Banco Central está ciente de que as projeções atuais ainda estão acima do desejado, prevendo 4,9% para 2024 e 3,6% para 2026. O Boletim Focus, que acompanha as expectativas do mercado, sinaliza 5,25% em 2025, consolidando a necessidade de atenção constante em relação aos núcleos de inflação que permanecem elevados.

Durante a análise, o Copom destacou que, embora a atividade econômica continue forte e o mercado de trabalho esteja aquecido, surgem sinais de desaceleração no crédito e no comprometimento da renda das famílias com dívidas. Este cenário reduz o espaço para flexibilização na política monetária por enquanto. Contudo, uma moderação gradual no crescimento econômico foi identificada, criando um espaço para ajustes futuros.

Além disso, o Banco Central avisou sobre incertezas geopolíticas, particularmente no Oriente Médio, e os impactos residual da guerra comercial entre os EUA e a China, que influenciam o mercado global, principalmente o de petróleo. A interação entre políticas fiscal e monetária foi ressaltada como essencial para a credibilidade do controle inflacionário, com uma notável menção a debates internos sobre a redução de gastos tributários.

Essa decisão do Copom marca um momento crucial em um cenário econômico volátil. Quais são suas previsões sobre o futuro da taxa Selic? Compartilhe suas opiniões e vamos discutir como as recentes decisões do Banco Central podem impactar o seu dia a dia.

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