Sob a pressão de Donald Trump e o crescente desafio russo na Ucrânia, a OTAN se prepara para um aumento significativo em seus gastos militares. Na cúpula realizada em Haia, os países-membros se comprometem a investir 5% de seus PIBs em defesa até 2035. Esse número não é apenas uma recomendação, mas uma exigência para garantir a proteção dos EUA. Se a meta não for atingida, a proteção americana poderá ser retirada.
Mas por que 5%? Esse percentual reflete a necessidade de fortalecer as capacidades de defesa da Aliança Atlântica contra ameaças como a Rússia. Os ministros da Defesa da OTAN já aprovaram novas diretrizes para o aumento das capacidades militares, projetando que, se a Rússia mantiver seu esforço de guerra até 2027, a OTAN também estará acompanhando à altura seu apoio à Ucrânia.
O compromisso de 5% é dividido em duas categorias principais: 3,5% para gastos militares diretos, como aquisição de armamentos e salários das Forças Armadas, e 1,5% voltados para segurança abrangente. Este último inclui desde a proteção de fronteiras a infraestrutura essencial, como aeroportos e estradas. O objetivo é aumentar as capacidades militares globais em 30%, quintuplicar defesas aéreas e ampliar arsenais com milhares de novos tanques, segundo o secretário-geral Mark Rutte.
No entanto, garantir que cada membro da Aliança cumpra essas metas não será uma tarefa simples. Atualmente, apenas 22 dos 32 Estados-membros alcançaram a meta anterior de 2% do PIB, estabelecida há uma década. A OTAN agora insiste na importância de que todos os países apresentem anualmente relatórios sobre seu progresso em direção aos novos objetivos. Essa vigilância é crucial para manter a dissuasão tanto contra a Rússia quanto contra outras potências, como China e Coreia do Norte.
“Chegar a um consenso sobre essas metas representa um avanço significativo. No entanto, a fiscalização de como esses recursos serão utilizados é igualmente vital”, observa a analista Marta Mucznik, do International Crisis Group. É essencial que o financiamento seja efetivamente alocado para eliminar deficiências vitais e garantir a segurança a longo prazo da Europa e o apoio contínuo à Ucrânia.
Como você enxerga essa nova fase da OTAN? Acredita que os países estão prontos para enfrentar esse desafio? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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