Macron celebra Otan, mas critica guerra comercial entre aliados

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Em um cenário marcado por desafios globais, Emmanuel Macron, presidente da França, trouxe à tona a importância de uma aliança sólida dentro da OTAN, ao mesmo tempo em que expressou sua preocupação com as tensões comerciais entre os aliados. Durante a cúpula realizada em Haia, na Holanda, ele celebrou o compromisso dos países membros em aumentar seus gastos com defesa, com metas de até 5% do PIB até 2035. Entretanto, Macron destacou um ponto crucial: “Não podemos dizer entre aliados ‘vamos gastar mais’ e ao mesmo tempo travar uma guerra comercial.”

Esta “aberração”, como ele definiu, é um apelo para que relações comerciais justas prevaleçam, especialmente em um momento em que as tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos tornam-se um obstáculo. Embora não tenha se dirigido diretamente a Donald Trump, suas palavras ressoaram como um convite ao presidente americano para reconsiderar suas políticas comerciais que, segundo ele, dificultam a cooperação entre os aliados.

Macron enfatizou a necessidade de reduzir tarifas e restaurar uma “verdadeira paz comercial”. Embora não tenha conseguido discutir pessoalmente esse assunto com Trump durante a cúpula, ele fez questão de que essa posição fosse clara para todos os presentes, incluindo outros líderes europeus. A união na defesa e na paz comercial, segundo ele, são essenciais para que a Europa se torne menos dependente de potências externas.

Adicionalmente, o presidente francês mencionou a urgência de fortalecer o pilar europeu na OTAN, não apenas através de exercícios conjuntos, mas também investindo na produção própria de armamentos. Uma estratégia crucial em um momento em que a Rússia é vista como a principal ameaça às fronteiras europeias. Para Macron, o aumento no investimento em defesa deve resultar em benefícios palpáveis para as economias locais, gerando empregos e crescimento.

Sobre o atual conflito na Ucrânia, Macron sinalizou que em julho acontecerá uma nova reunião entre países europeus e aliados, como o Canadá, para discutir a segurança de Kiev e as possíveis medidas a serem adotadas em caso de um cessar-fogo. A inclusão de forças no campo de batalha será uma das pautas importantes dessa conversa.

E você, o que pensa sobre a relação comercial entre aliados? Deixe seu comentário e participe da discussão!

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