A Defensoria Pública da Bahia (DP-BA) solicitou que a Secretaria Municipal da Reparação (Semur) e a Secretaria de Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (Sepromi) contribuam com garantia de meios de subsistência mínimos para as famílias dos três jovens mortos durante ação da Polícia Militar na comunidade da Gamboa, em Salvador. Os jovens foram mortos no dia 1º de março.
Nos pedidos, a Defensoria pede que os respectivos órgãos públicos avaliem a possibilidade de distribuição de cestas básicas para as famílias das vítimas durante um período igual ou superior a seis meses. Dada a urgência da situação, a DP-BA estabeleceu o prazo de 72 horas para que as Secretarias se manifestem sobre o pedido.
Assinados pelas coordenadoras da Especializada de Direitos Humanos, Eva Rodrigues e Lívia Almeida, os documentos destacam que a “gravíssima situação de violação dos direitos humanos” ocorrida naquela comunidade, provocou enorme sofrimento e desamparo às famílias das vítimas. Com a distribuição das cestas básicas, será possibilitado “o alcance das políticas públicas a quem precisa e a compensação, ainda que irrisória, dos efeitos da violência”, afirma o documento. Nas redes sociais, desde o dia 3 de março, a comunidade da Gamboa realiza uma campanha de doações em dinheiro para auxiliar as três famílias.
A Defensoria tem prestado atendimento jurídico e psicossocial para as famílias dos jovens mortos.. “Essas famílias estão extremamente vulneráveis, desempregadas e, nesse momento, ainda vivendo o luto da perda dos filhos. Nesse contexto de extrema violência estatal, cabe ao Estado, mediante outros serviços, dar o apoio que essas famílias negras merecem e precisam”, enfatizou a defensora pública Lívia Almeida.
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