Uma polêmica tomou conta de Cotia, na Grande São Paulo, quando o grupo de pagode Negritude Júnior foi contratado para celebrar a Congada de São Benedito. O contrato, no valor de R$ 67 mil, foi firmado entre a assessora do vereador Alexandre Frota, Roneia Forte Corrêa, e o secretário de Cultura e Lazer, Pedro Henrique Maciel Peixoto. Essa situação levanta suspeitas, especialmente considerando que Peixoto é autor da biografia do vereador.
Assinado quatro dias antes do show, o contrato gerou controvérsias sobre possíveis conflitos de interesse. A redução do valor original de R$ 89 mil foi mencionada, mas um conselheiro de cultura de Cotia resolveu acionar o Ministério Público de São Paulo (MPSP) para investigar a contratação. O alerta aponta para a possibilidade de irregularidades na negociação.
Roneia foi vinculada ao gabinete de Alexandro Frota desde o início do ano, mas perdeu seu cargo público após a polêmica sobre a contratação. Durante a negociação, ela afirmou que desconhecia o destino do show e que o secretário também não sabia de sua relação com Frota, embora agora admita que foi um erro vender o show. Essa confissão ecoa as fragilidades nas relações políticas da cidade.
Além dessa questão, a empresa que representa o Negritude Júnior já enfrentou investigações anteriores por supostos superfaturamentos em shows, o que levanta ainda mais dúvidas sobre a lisura dessa nova contratação. Em Campinas, a banda foi acusada de superpreço de 65%, reforçando a necessidade de um olhar atento sobre as negociações envolvendo artistas e políticos.
Pedro Henrique Maciel Peixoto, além de ser biógrafo de Frota, ocupou cargos importantes no governo, e sua nomeação à pasta de Cultura tem sido defendida pela prefeitura, que nega qualquer conluio ou conflito de interesse. Em nota, assegurou que a contratação da banda foi uma decisão técnica e independente.
As controvérsias não param por aí. Frota, ao tentar “fiscalizar” unidades de saúde na cidade, gerou descontentamento que culminou em denúncias formais contra ele. O Cremesp, com a responsabilidade de zelar pela ética médica, considerou sua abordagem inadequada e abriu um processo para investigar sua conduta. A relação com o órgão de saúde está tensa, complicando ainda mais a imagem do vereador.
A situação em Cotia reflete um cenário onde o entrelaçamento entre cultura e política frequentemente suscita desconfiança. Questões como a contratação de Roneia e as ações de Frota mostram a necessidade de transparência para garantir a confiança da população nas instituições públicas. E você? O que pensa sobre essa situação? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!
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