A Rodoeste Transporte e Turismo LTDA, alvo de investigação do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) por irregularidades em contratos com o poder público, se envolve em uma nova controvérsia. A empresa teria utilizado um documento fraudulento para justificar a ocupação de um terreno público em Ceilândia, avançando, inclusive, sobre uma área de preservação permanente.
De acordo com investigações do Metrópoles, o que apresentavam como autorização da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) para ocupar o Parque Pequizeiro foi negado em ofício enviado à Câmara Legislativa. A Codhab esclareceu que o terreno não lhe pertence e que “não foi emitido qualquer autorização ou permissão” para ocupação.
Se houver algum documento indicado como assentamento dessa autorização, a Codhab alertou que se trata de uma fraude, devendo ser reportada à Polícia Civil. Os sócios da Rodoeste, Pedro Henrique Veiga de Oliveira e Ana Rosa de Oliveira, possuem laços com Ronaldo de Oliveira, ex-preso por lavagem de dinheiro, configurando um histórico polêmico.
Veja:
Apesar da negativa da Codhab, a diretoria da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) permitiu, em janeiro de 2024, que a Rodoeste ocupasse a área. Porém, em setembro de 2024, a concessão foi suspensa, dando um prazo de 90 dias para desocupação. Seis meses depois, a empresa ainda permanece no local, que agora funciona como uma garagem para ônibus.
Uma visita ao local revelou muros e cercas de latão, que cercam o que era um espaço de lazer para a comunidade. Moradores temem represálias e um, que prefere anonimato, afirmou que já procuraram o Ministério Público para denunciar a invasão. “O parque é essencial para nossa comunidade e merece ser restaurado”, declarou.
Em resposta, a Terracap comunicou que a permissão de uso está sendo rescindida devido ao descumprimento da Rodoeste, que foi notificada e aguarda a desocupação. Porém, ficou a dúvida sobre como a permissão foi concedida e o porquê do não cumprimento do prazo para desocupar o espaço.
O Metrópoles busca respostas da Codhab, Rodoeste e administração local, mas até o momento, não obteve retorno. O caso levanta a questão sobre a proteção dos espaços públicos e a responsabilidade das autoridades.
“`
Comentários Facebook