A vaquinha destinada a apoiar o alpinista Agam, que valiantly ajudou a recuperar o corpo da brasileira Juliana Marins após um trágico acidente no Monte Rinjani, foi cancelada no último domingo (29/6). A mobilização tinha arrecadado R$ 522 mil, mas a instituição responsável decidiu devolver integralmente os recursos devido a questionamentos sobre uma taxa administrativa de 20% que havia sido previamente informada.
A Razões para Acreditar e a Voaa esclareceram que essa taxa resulta de um modelo operacional inovador, que vai além de simplesmente operar como plataforma de arrecadação. Os valores serão reembolsados automaticamente nos meios de pagamento originais a partir de segunda-feira, 30 de junho, sem necessidade de ações adicionais pelos doadores.
Agam, que desceu 590 metros de penhasco com risco à própria vida, estava determinado a não deixar Juliana sozinha. Durante a missão, ele compartilhou chocolate com os outros voluntários, enfrentando condições climáticas desfavoráveis. Ao lado do corpo da jovem, amarrado a uma rocha, ele arriscou tudo pela dignidade de Juliana.
Um Lamento e Uma Culpa
Manoel Marins, pai de Juliana, expressou sua indignação em relação ao protocolo seguido pelo parque após o acidente. Ele acredita que a Defesa Civil da Indonésia deveria ter sido acionada imediatamente. Segundo Manoel, o guia que acompanhava Juliana deixou-a sozinha por alguns minutos para fumar, resultando em sua tragédia.
“Ele partiu por 5 a 10 minutos e, ao voltar, não a encontrou. Quando a avistou novamente, quatro horas se passaram”, contou Manoel, explicando que o guia e a brigada de primeiros socorros não estavam preparados para lidar com a emergência. A Defesa Civil foi acionada posteriormente, mas já era tarde.
O pai desabafou sobre a falta de responsabilidade do parque e do guia, que admitiu não ter a certificação necessária. “Em momento algum reconheceram o erro”, lamentou Manoel, destacando a dor de perder sua filha em circunstancias que poderiam ter sido evitadas.
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