Em meio a um panorama político cada vez mais complicado, surge a figura de Tarcísio de Freitas, o governador de São Paulo, que se esforça para conquistar o apoio de Jair Bolsonaro. O clima é de cinismo; aliados figurativos de Bolsonaro flertam com o ex-presidente em discursos inflamados, mas hesitam em abordar as decisões do Tribunal Superior Eleitoral que tornaram tocante a inelegibilidade do ex-presidente até 2030.
Recentemente, em uma manifestação na Avenida Paulista, apenas 12,4 mil pessoas apareceram para apoiar Bolsonaro. Essa marca é uma fração do que se viu em abril, quando a multidão era três vezes maior, refletindo um descontentamento crescente entre os apoiadores. No passado, em fevereiro do ano passado, o mesmo local foi tomado por 185 mil pessoas, unidas em apoio ao ex-presidente em meio a investigações. Mas, de acordo com o ex-presidente, não houve tentativas de golpe; tudo não passava de uma ilusão de ótica.
Atualmente, Bolsonaro parece falar apenas para seus mais fervorosos fanáticos, inclusive seus filhos e aqueles que ainda acreditam em sua causa. É nesse contexto que Tarcísio se destaca, buscando conquistar a confiança do ex-presidente, mesmo que tal lealdade pareça extremamente questionável. O governador clama por um reencontro com a “esperança” e propõe um futuro em que Bolsonaro continue a ser um líder, uma ideia que muitos consideram fora de proporção.
Em seu discurso, Tarcísio lançou gritos de “fora, PT” e elevou Bolsonaro ao patamar de “maior líder político da história” do Brasil. Entretanto, tal afirmação ignora o fato de que Bolsonaro foi o primeiro presidente a perder a reeleição em tempos recentes. Mesmo assim, Tarcísio tenta polir seu discurso para ser aceito pela família Bolsonaro, que ainda vê sua sinceridade com desconfiança.
Frases como “jamais o Bolsonaro vai sair do coração de cada um de vocês” e suas alegações sobre as políticas do ex-presidente, como a criação do PIX e a transposição do Rio São Francisco, levantam suspeitas. Tarcísio ignora os verdadeiros responsáveis por essas iniciativas, gerando dúvidas sobre seu entendimento ou, pior, sobre sua honestidade.
Por fim, ante a incerteza sobre sua ascensão nas eleições futuras, Bolsonaro agora promete “mudar o destino do Brasil” se conquistar uma maioria no Congresso. Contudo, é um compromisso que suscita questionamentos; ninguém pode garantir que essa mudança seria para melhor.
Agora, a pergunta que fica é: até onde vão as promessas e lealdades, e qual será o verdadeiro destino do Brasil? Deixe sua opinião nos comentários.
Comentários Facebook