No coração da região sisaleira, estudantes do Colégio Estadual Dr. Jairo Azzi, em Lamarão, uniram criatividade e consciência ambiental para desenvolver uma inovadora técnica de purificação de água. Utilizando sementes de moringa e casca de mandacaru, Anne Caroline Nogueira e Clara Bispo, com a orientação do professor Djanderson Nascimento, criaram uma solução sustentável que visa transformar a realidade de comunidades com escassez hídrica.
Essa iniciativa emergiu da necessidade urgente de acessar água tratada, especialmente em uma região onde dados do Instituto Trata Brasil indicam que, em 2022, cerca de 7,7 milhões de residências no Nordeste estavam desprovidas desse recurso vital. A combinação dos ingredientes naturais mostrou-se eficaz, eliminando mais de 90% da turbidez da água, rivalizando com métodos convencionais, como o uso de sulfato de alumínio.
O professor Djanderson explicou que a moringa atua na redução da turbidez, enquanto o mandacaru desempenha o papel de um agente bactericida, eliminando microrganismos nocivos. Além de promover a limpeza da água, esse método inovador não produz resíduos tóxicos, realçando seu potencial sustentável e aplicável em comunidades onde a água disponível costuma ser barrenta e imprópria para consumo.
Além do conhecimento científico, o projeto carrega consigo um forte compromisso social. Apresentado na Feira de Ciências, Empreendedorismo Social e Inovação da Bahia (Feciba), a proposta é um claro exemplo de como a educação pode ser o motor de mudanças significativas no ambiente comunitário.
Com planos de expandir os testes e promover a técnica em outras partes do semiárido baiano, a equipe demonstra que a união entre ciência e sociedade gera frutos valiosos. O projeto é uma forte contribuição para a série Bahia Faz Ciência, promovida pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), que evidência o potencial transformador da pesquisa em diversas áreas. A água limpa é um direito, e a equipe de Lamarão está determinada a torná-lo acessível!
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