Em Suzano, a empresa de Francisco Balbino Dias, atual secretário de Segurança, está envolvida em um contrato de vigilância com um hospital público da cidade. Embora formalmente registrada em nome de sua esposa, Roberta de Lima Bispo Balbino Dias, Francisco é frequentemente visto em reuniões com clientes, conforme demonstram fotos nas redes sociais.
A Sniper Segurança e Serviços é responsável pela vigilância do Hospital e Maternidade de Suzano, uma unidade que foi transformada de uma antiga Santa Casa por um processo de locação administrado pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS).
Francisco Balbino ingressou na administração pública em 2020, indicado pelo então prefeito Rodrigo Ashiuchi. Em 2024, sua trajetória ascendeu quando foi nomeado secretário pelo novo prefeito, Pedro Ishi. Durante a gestão de Ashiuchi, a Sniper não só assumiu a segurança do hospital, mas também de várias outras unidades de saúde na região, refletindo vínculos políticos que vão além da gestão atual.
O INTS, atuando em diversas cidades de São Paulo, se tornou conhecido por subcontratar empresas ligadas a políticos. Os contratos na cidade começaram em 2014, sob a gestão do prefeito Paulo Fumio Tokuzumi, que era apoiado por Estevam Galvão. Curiosamente, assim que o INTS iniciou suas atividades, o posto de gasolina de Galvão passou a fornecer combustível para serviços de saúde locais, um contrato que continua mesmo após seu falecimento em 2024.
Além disso, o ex-assessor de Galvão também teve contratos com o INTS, que envolviam serviços de comunicação e marketing. A relação do instituto com a gestão municipal tem sido marcada por diversas contratações, levando a questionamentos sobre a transparência e a legalidade desses acordos.
A atuação do INTS em Suzano é ampla, envolvendo não apenas a UPA 24h e o Samu, mas diversas unidades de saúde. O instituto também “quarteiriza” serviços essenciais, criando uma rede de subcontratações que tem despertado atenção e preocupação sobre a qualidade e a éticas das gestões.
Consultados sobre as relações contratuais, a Prefeitura de Suzano afirmou que não tinha conhecimento da subcontratação de Balbino e que, após a apuração, iniciou o processo de distrato. O INTS, por sua vez, defendeu que as contratações estavam em conformidade com as normas legais e que desconhecia eventuais relações pessoais que poderiam impactar as decisões.
É necessário um olhar atento sobre como as contratações são realizadas e qual o impacto disso na qualidade dos serviços públicos oferecidos. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários!
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