Às vésperas da cúpula, Lula volta a sugerir moeda comum do Brics

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Às vésperas da cúpula do Brics, Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou sua proposta de criar uma moeda comum para o bloco de economias emergentes, com o intuito de facilitar transações internacionais e reduzir a dependência do dólar. Durante a abertura da 10.ª reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Lula argumentou que essa iniciativa poderia ajudar na redução de custos e na construção de um sistema financeiro mais autônomo.

Desde 2023, o assunto tinha sido deixado em segundo plano, especialmente devido à delicadeza do tema em relação ao governo americano, que ameaça retaliações tarifárias contra nações que desafiem a hegemonia do dólar. Apesar disso, a proposta ressoa fortemente entre países como China, Rússia e Irã, que enfrentam sanções econômicas e veem na moeda comum uma oportunidade de fortalecimento econômico.

O cerne do discurso de Lula também reflete a tensão política interna no Brasil, num cenário marcado por desafios em sua administração, como a disputa com o Congresso sobre aumentos de impostos e outros temas econômicos. Para este sábado, está prevista uma intensa agenda de reuniões, onde o presidente se encontrará com líderes de países como Etiópia, Nigéria, Vietnã, China e Cuba, visando discutir questões globais e bilaterais antes da abertura oficial da cúpula.

Além disso, Lula se reunirá no Museu de Arte Moderna (MAM) para conversas mais reservadas, consolidando sua posição não apenas no cenário do Brics, mas também no contexto internacional. Após a cúpula, ele retornará a Brasília para encontros com líderes de outros países, mostrando a disposição do Brasil em manter diálogos diplomáticos ativos.

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