Em 2025, o agronegócio baiano se destaca como um verdadeiro motor de crescimento, impulsionado especialmente pelas robustas lavouras de grãos e pela fruticultura irrigada. Com uma área estimada em 3,9 milhões de hectares destinada à safra 2024/25, o estado registra um aumento de 4,5% em comparação ao ciclo anterior, conforme a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri).
Essa expansão é visível nas regiões do oeste baiano e no semiárido, onde avançam a tecnologia e a área plantada, elevando a produtividade e a competitividade. No primeiro trimestre de 2025, o setor agropecuário gerou R$ 19,8 bilhões em PIB, representando 14,3% da economia estadual. Apesar de um leve recuo no valor real do PIB agropecuário em 2024, o desempenho nominal alcançou R$ 108,8 bilhões, sinalizando um futuro otimista com projeções de crescimento no Valor Bruto da Produção (VBP).
A diversidade das cadeias produtivas na Bahia é impressionante. Grãos como soja, milho e algodão dominam o oeste, enquanto a fruticultura irrigada floresce no semiárido e regiões como o litoral norte se destacam na produção de laranjas. O cacau e o café permanecem relevantes no sul e sudoeste, complementados por iniciativas na bovinocultura de corte e na aquicultura, que também se firmam como pilares do setor.
No entanto, o crescimento não vem sem desafios. As flutuações climáticas, os altos custos de produção e o acesso limitado ao crédito impactam a diária dos produtores. Nelson Júnior, um desses produtores, enfatiza a necessidade de capacitação e inovação para superar esses obstáculos. “Contamos com o apoio do Senar para cursos e assistência técnica”, diz, destacando o papel social e o potencial de crescimento da fruticultura.
Humberto Miranda, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), compartilha uma visão positiva sobre o futuro do agronegócio no estado, destacando a aplicação de ciência e tecnologia como essenciais para a competitividade. Com quase um terço do PIB baiano gerado pelo agronegócio, o setor representa uma fonte vital de emprego e renda, com um crescimento de 1,4% no PIB do setor no início de 2025, impulsionado por preços elevados de produtos como soja e laranja.
Porém, a infraestrutura logística deficiente continua a ser um gargalo significativo para o escoamento da produção. Humberto defende melhorias nas rodovias e no sistema ferroviário para que a Bahia possa realmente cumprir seu potencial econômico no campo.
Assim, enquanto a Bahia se consolida como um líder no agronegócio brasileiro, fica evidente que o caminho a ser trilhado demandará adaptações constantes. Com um futuro promissor, é fundamental ouvirmos as experiências de quem vive essa realidade no dia a dia. O que você acha que pode ser feito para impulsionar ainda mais o agronegócio na sua região? Compartilhe suas ideias nos comentários!
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