Justiça condena 11 à prisão por discriminar candidata muçulmana em SP

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Um marco contra a discriminação foi estabelecido pela 3ª Vara Criminal de Santo André, no Tribunal de Justiça de São Paulo. Onze indivíduos foram condenados à prisão por ataques direcionados a Rihab Hassan Hammadeh, uma candidata a vereadora que, sendo naturalizada brasileira, tem origem muçulmana.

Durante sua campanha nas eleições de 2020, Rihab utilizou as redes sociais para apresentar seus projetos, mas rapidamente se tornou alvo de hordas de comentários hostis. Os ataques incluíam insultos covardes e referências depreciativas à sua religião e origem, retratando-a como terrorista. “Sou eu que estou sofrendo terrorismo, porque todas essas pessoas estão me atacando de uma forma que eu penso assim: quem é terrorista aqui? Sou eu ou eles?”, desabafou, refletindo a dureza da situação que enfrentava.

Após receber 422 votos, ela foi eleita suplente pelo PSD, sendo esta a única eleição que disputou. A condenação dos réus reflete um importante posicionamento do TJSP contra a discriminação. Com penas que variam de dois a três anos de reclusão e multa, a decisão foi clara ao afirmar que a liberdade de expressão deve ser coexistente com a responsabilidade.

O juiz Jarbas Luiz dos Santos destacou que os réus não poderiam se escudar em argumentos como a invasão de perfis ou problemas pessoais para justificar seus comportamentos odiosos. “Não há liberdade sem responsabilidade”, enfatizou, sublinhando que as ações dos condenados alimentam um ciclo de ódio que atinge não só a vítima, mas a sociedade como um todo, que deve acolher a pluralidade de seus cidadãos.

Essa decisão robusta reafirma a necessidade de proteção aos grupos vulneráveis, lembrando que é essencial erradicar a cultura de preconceito. O espaço permanece aberto para diálogo e reflexões sobre um futuro mais inclusivo e respeitoso. O que você pensa sobre a condenação? Deixe seu comentário e participe dessa conversa fundamental.

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