Em um cenário fiscal desafiador, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destaca a necessidade de um esforço conjunto entre os três Poderes do Brasil para cumprir a meta fiscal deste ano. Durante uma coletiva na última terça-feira (8), Haddad afirmou que se cada Poder continuar a usar suas prerrogativas para aumentar despesas sem oferecer contrapartidas, a dificuldade em alcançar as metas financeiras será inegável.
Ao ser questionado sobre possíveis cortes nas despesas, o ministro explicou que sua equipe aguardará o próximo Relatório Bimestral de Avaliação, previsto para ser divulgado em 22 de julho. Ele sinalizou que a arrecadação superou as projeções, o que pode trazer resultados favoráveis para a gestão fiscal.
“A arrecadação do terceiro trimestre ficou acima do esperado, trazendo um certo alívio. Contudo, continuamos exigindo medidas eficazes para o cumprimento da meta fiscal”, disse Haddad, reforçando a importância da colaboração mútua entre os Poderes.
Na mesma oportunidade, o ministro abordou a questão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), ressaltando que documentos estão sendo preparados para demonstrar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ajuste nas alíquotas visa combater a evasão fiscal e o planejamento tributário abusivo, que custam ao Brasil cerca de R$ 800 bilhões. Essa quantia, segundo ele, prejudica a competitividade do empresariado nacional e impacta negativamente as metas fiscais e a taxa de juros.
Haddad concluiu ressaltando que o sucesso na administração fiscal é uma responsabilidade compartilhada. O foco deve ser a contenção de gastos e a redução de incentivos tributários que favorecem exclusivamente grupos econômicos específicos, em detrimento da economia como um todo.
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