O pastor Nicoletti, líder da Igreja Recomeçar, se viu no centro de uma controvérsia após uma declaração infeliz durante uma pregação: “Eu odeio o pobre. Eu vou dizer que Jesus nunca foi pobre.” A frase, amplamente compartilhada em vídeos, provocou indignação nas redes sociais e gerou reações de importantes figuras do meio evangélico, como o pastor Carlos Bezerra Júnior, que qualificou a declaração como uma “monstruosidade” e denunciou a “teologia de palco” que ela representa.
Com mais de 71 mil seguidores no Instagram, Nicoletti se identifica como “libertador da miséria”. Ele promove a ideia de que a transformação mental é a chave para a prosperidade, defendendo praticar imersões espirituais como forma de alcançar a superação da escassez. Entretanto, sua recente retórica tem sido criticada, levantando questões sérias sobre o papel social da sua mensagem.
Em resposta à polêmica, Nicoletti utilizou suas redes sociais para esclarecer que suas palavras foram mal interpretadas: “Não odeio pessoas pobres, odeio a pobreza como sistema”, declarou. Ele enfatizou que seu objetivo era criticar uma estrutura social que limita e aprisiona. Para ele, a verdadeira missão é propagar amor e combater a miséria, tanto espiritual quanto material.
O pastor também revisitou suas declarações sobre Lula, chamando-o de “nove dedos ladrão”.Embora tenha reconhecido que essa expressão foi imprópria, ele defendeu sua indignação pessoal. Assim, reafirmou a importância do respeito e do diálogo político, mesmo em meio a divergências ideológicas.
Nicoletti reiterou sua posição em relação aos programas sociais, clarificando que não é contra a assistência, mas sim crítico da dependência que eles podem criar. “Ajuda que não liberta, escraviza”, afirmou, defendendo que o papel da Igreja deve ser capacitar e não apenas oferecer socorro. Ele acredita que a verdadeira transformação vai além da ajuda pontual, devendo incluir formação espiritual e emocional.
Referindo-se à sua afirmativa de que “Jesus nunca foi pobre”, Nicoletti ofereceu uma interpretação baseada em passagens do Novo Testamento, mencionando os presentes que recebeu ao nascer e os elementos que indicam seu acesso a recursos. Até o momento, o pastor permanece ativo em suas redes sociais e comprometido com o que chama de evangelho integral, que visa a união da fé com a transformação de vidas e o combate à miséria.
A polêmica continua gerando discussões acaloradas, levantando questões sobre a linha tênue entre crítica social, doutrina teológica e responsabilidade dos líderes religiosos. O que você acha sobre as declarações de Nicoletti? Compartilhe sua opinião!
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