Um novo estudo, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela um perfil intrigante da população que vive em Unidades de Conservação (UCs) na Bahia. Com mais de 1,3 milhão de habitantes, esse grupo se destaca por ser predominantemente jovem, negro e alfabetizado, refletindo um panorama social único em relação ao restante do estado.
Dentre esses moradores, 693.559 são mulheres, o que representa 51,2% da população dessas áreas, um número apenas levemente inferior ao percentual de 51,7% observado em todo o estado. Essa leve diferença contrasta com outras características demográficas: as UCs baianas abrigam uma população mais jovem, com 22,2% tendo entre 0 e 14 anos. Este dado é significativo, pois supera em 2% a média geral do estado, enquanto a proporção de idosos com 60 anos ou mais nas UCs é de 12,9%, comparada a 15,3% da população geral da Bahia.
Em termos raciais, 56,8% da população se autodeclara parda, semelhante à taxa estadual de 57,3%. No entanto, o percentual de habitantes que se identificam como pretos nas UCs é maior, alcançando 26,1% em comparação aos 22,4% do estado como um todo. Essa diversidade é um reflexo da riquíssima cultura local e dos desafios enfrentados por essas comunidades.
Um ponto crucial destacado pelo estudo é a taxa de analfabetismo, que neste contexto específico é inferior à média estadual. Apenas 11,3% dos moradores de 15 anos ou mais nas UCs não eram alfabetizados, enquanto na Bahia a taxa é de 12,6%. É um diferencial que evidencia o potencial da educação como ferramenta de transformação social.
Não obstante, a pesquisa também revelou um cenário preocupante em relação aos serviços de saneamento básico. Quase 4 em cada 10 moradores das UCs (39,1%) vivem com precariedade em serviços essenciais, como abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Isso significa que cerca de 527.087 pessoas enfrentam as duras realidades da falta de infraestrutura. Desses, 471.954 (35%) utilizam métodos rudimentares de esgotamento, e 14,5% (195.771) não têm o lixo coletado adequadamente.
Esses dados não só ilustram a complexidade da vida nas Unidades de Conservação baianas, mas também desafiam a sociedade a refletir sobre o que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida dessas comunidades. Que tal compartilhar suas ideias ou experiências sobre esse tema? Comente abaixo e vamos juntos buscar soluções!
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