A saga jurídica da influenciadora Natália Fabiana de Freitas Antonio, mais conhecida como Natália Becker, ganhou novos contornos nesta sexta-feira (11/7), quando o Tribunal de Justiça de São Paulo adiou a decisão que pode levá-la a um júri popular. Natália, responsável pela clínica onde o empresário Henrique da Silva Chagas, de 27 anos, morreu após um procedimento de peeling de fenol, aguarda agora uma nova audiência marcada para o dia 18 de dezembro. A morte trágica ocorreu em junho do ano passado, e a expectativa era ouvir 12 testemunhas, mas três não compareceram, obrigando o tribunal a reagendar.
O caso se complica ainda mais quando se considera a gravidade do ocorrido. Henrique morreu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória provocada por inalação de fenol. A substância, que é altamente corrosiva, deve ser aplicada por médicos em ambientes hospitalares, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Natália, sem formação médica, é acusada de homicídio simples, especialmente por não ter equipamentos de primeiros socorros disponíveis na clínica.
A cronologia revela uma sequência alarmante de eventos. Natália iniciou um curso online sobre o peeling de fenol em junho de 2023 e, já no ano seguinte, realizou o procedimento em Henrique, que começou a apresentar sinais de complicação imediatamente. O empresário, após quatro horas do tratamento, sofreu uma parada cardíaca, e Natália não estava no local no momento em que equipes de emergência chegaram. Fatos reveladores como a falta de exames prévios e a ausência de treinamento da equipe para lidar com emergências foram confirmados por testemunhas.
Nos laudos necroscópicos subsequentes, foi confirmada a presença de fenol no organismo da vítima, resultando na indiciamento de Natália por homicídio doloso. Embora não esteja presa e responda ao processo em liberdade, medidas cautelares foram impostas, limitando sua movimentação e atividades profissionais. Para a defesa, o adiamento da audiência representa uma oportunidade para que todas as testemunhas relevantes sejam ouvidas, com a expectativa de trazer à tona esclarecimentos essenciais.
A advogada de Natália, Tatiana Forte, enfatizou seu compromisso com a verdade e a colaboração de sua cliente com o processo. Ela acredita que, através da escuta integral das testemunhas, a verdadeira narrativa dos acontecimentos será estabelecida. O caso levanta discussões sobre a responsabilidade e a ética na prática de procedimentos estéticos, especialmente quando permeados por riscos à saúde.
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