Apostas em bets adiam ingresso de 1 em cada 3 jovens no ensino superior privado

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As apostas em bets estão moldando o futuro de muitos jovens brasileiros e, alarmantemente, 1 em cada 3 deles adiou o ingresso na educação superior privada devido a essas despesas. Um estudo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e Educa Insights revela que 34% dos participantes postergaram a matrícula no início de 2025 por conta das apostas.

Esses gastos com a jogatina online são um obstáculo significativo, especialmente para quem deseja estudar em instituições privadas. Enquanto 34% dos jovens afirmam que interromper as apostas poderia viabilizar seus estudos no primeiro semestre de 2025, essa porcentagem diminui para 24% no segundo semestre.

O problema se estende ainda mais: 14% dos alunos matriculados nas instituições particulares enfrentaram atrasos nas mensalidades, e muitos até trancaram o curso por conta da pressão financeira gerada pelas bets. Este índice é ainda mais alarmante nas classes B1 e B2, atingindo 17%.

Comparando com dados anteriores, o número de jovens apostadores cresceu de 42,9% para 52%, e aqueles que comprometem parte da renda com apostas aumentaram de 51,6% para 54,2%. Isso expõe um agravamento da crise, com um aumento de 11,4 pontos percentuais na quantidade de pessoas que deixaram de iniciar sua graduação devido aos gastos com apostas.

Os dados regionais revelam que o Nordeste e o Sudeste possuem as taxas mais altas de jovens que adiaram a graduação devido às apostas, com 44% e 41%, respectivamente. Para o segundo semestre, esses números caem para 32% e 27%, mas permanecem preocupantes. Já nas regiões Sul e Centro-Oeste, os índices são significativamente menores.

Para 2026, a projeção é sombria: dos quase 2,9 milhões de potenciais novos alunos na educação superior privada, cerca de 986 mil podem não se matricular devido a compromissos financeiros com apostas online.

A pesquisa ainda mostrou que 52% dos jovens apostam regularmente, geralmente de uma a três vezes por semana. A quantia investida varia conforme a classe social: enquanto apostadores da classe A destinam, em média, R$ 1.210 por mês, aqueles das classes D e E investem cerca de R$ 421.

Esses dados, coletados de 2.317 jovens entre 18 e 35 anos entre 20 e 24 de março de 2025, reforçam a necessidade urgente de abordagens que protejam a educação dos jovens diante da atração das apostas. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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