Em um movimento inesperado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desafiou o Kremlin, impondo um ultimato ao presidente russo, Vladimir Putin, durante um pronunciamento na Casa Branca. Ao lado do secretário-geral da Otan, Mark Rutte, Trump exigiu que Moscou estabeleça um cessar-fogo com a Ucrânia em até 50 dias, ou enfrentará severas sanções econômicas, com tarifas que podem chegar a 100%.
Trump destacou o poder das chamadas “tarifas secundárias”, que atingem empresas de países que fazem comércio com a Rússia, o que pode impactar nações como China, Índia e Brasil, membros do Brics que importam petróleo e diesel russos. Além disso, anunciou a retomada do envio de sistemas de defesa aérea Patriot à Ucrânia, com a conta sendo coberta pela Otan, sinalizando uma reaproximação com a aliança militar ocidental, da qual já havia sido um crítico ferrenho.
Essa forte mudança na postura de Trump, após meses de um discurso favorável a Moscou, surpreende muitos. Ele havia suspendido o envio de armamentos a Kiev e nutrido desconfiança em relação ao presidente ucraniano, Volodimir Zelenski. Contudo, a frustração de Trump com a falta de cooperação de Putin parece ter sido o ponto de virada: “Ele fala bem e depois bombardeia todo mundo à noite”, afirmou, evitando, no entanto, rotulá-lo de “assassino”.
O fornecimento de novos sistemas Patriot à Ucrânia, que inclui o financiamento de pelo menos três unidades pela Alemanha, promete intensificar a defesa do país. Cada sistema conta com seis lançadores de mísseis antiaéreos, reforçando uma segurança que já contabiliza R$ 416 bilhões em armamentos enviados pelos EUA até abril deste ano. Entretanto, Trump ainda não autorizou novos investimentos; as remessas são provenientes de pacotes aprovados anteriormente.
Em resposta, o Kremlin adotou um tom cauteloso. O porta-voz Dmitri Peskov insistiu que o fornecimento de armas aos ucranianos continua e que a Rússia busca respostas de Kiev para reiniciar as negociações. Além disso, analistas próximos ao governo russo suspeitam que a nova postura de Trump visa atingir um “troféu político”, ao mesmo tempo em que reforça laços com a Otan, evidenciado pela presença de Rutte ao seu lado.
A nova política da Otan, que prevê 3,5% do PIB para armamentos e 1,5% para infraestrutura militar, espelha as exigências de Trump por maior comprometimento financeiro dos aliados. Curiosamente, esse movimento ocorre em meio a um crescente embate entre os EUA e o Brasil, onde uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi recentemente anunciada, impulsionada por pressões políticas internas.
O cenário global está em constante transformação. Qual é a sua opinião sobre as recentes decisões de Trump em relação à Rússia e à Ucrânia? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!
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