Em uma recente coletiva de imprensa no Ninho do Urubu, Alfredo Almeida, novo diretor das categorias de base do Flamengo, gerou controvérsia ao abordar as características dos jogadores africanos e europeus. Quando questionado sobre a formação do futebol brasileiro, ele destacou que a “força física” é uma valência predominante entre os atletas africanos, enquanto os europeus se sobressaem na “parte mental”. “Na África, encontramos valências físicas que são raras em outras partes do mundo; porém, para o raciocínio, devemos olhar para a Europa e outros lugares”, comentou Almeida.
A declaração rapidamente atraiu críticas, incluindo a de Marcelo Carvalho, diretor do Observatório de Discriminação Racial no Futebol. Ele argumentou que essa visão perpetua estereótipos prejudiciais, insinuando que a inteligência é uma característica exclusiva dos europeus, enquanto a força física seria das populações africanas: “Embora tenhamos jogadores habilidosos e líderes negros, discursos como esse ainda persistem no ambiente do futebol”, afirmou Carvalho.
Perante a repercussão negativa, o Flamengo se apressou em divulgar uma retratação do diretor. Almeida explicou que suas palavras foram tiradas de contexto e que em nenhum momento houve a intenção de ofender: “Peço desculpas se minha forma de me expressar causou desconforto”, disse. Ele reforçou que as habilidades dos jogadores transcendem suas origens geográficas.
Almeida, que assumiu a direção da base do Flamengo em janeiro de 2025, demonstrou seu compromisso com um trabalho fundamentado em valores como inclusão e diversidade. “Estou aqui para formar não apenas atletas, mas cidadãos, respeitando todas as culturas e escolas do futebol”, concluiu.
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