Recentemente, uma declaração polêmica da ministra cubana do Trabalho, Marta Elena Feitó, provocou um alvoroço na ilha. Ao afirmar que não existem “mendigos” em Cuba, mas sim “pessoas disfarçadas de mendigos”, ela despertou a indignação da população, já pressionada por uma grave crise econômica. Em meio a apagões e escassez de alimentos e medicamentos, essa afirmação não poderia vir em pior hora.
Diante da repercussão, o presidente Miguel Díaz-Canel decidiu intervir. Embora não tenha utilizado o termo “pobreza”, ele abordou a questão durante uma sessão no Parlamento, enfatizando a existência de pessoas em “situação de vulnerabilidade”. Díaz-Canel dedicou tempo suficiente para reconhecer a realidade dura enfrentada pelos cubanos, destacando que “ações soberbas e desconectadas da realidade” não podem ser toleradas.
Os comentários da ministra causaram reações acaloradas nas redes sociais. O economista Pedro Monreal, por exemplo, ironizou que talvez também existam “pessoas disfarçadas de ministra” em Cuba. O presidente, por sua vez, raiou a necessidade de um olhar mais atento e humano sobre as dificuldades sociais do país, revelando o aumento persistente na pobreza, exacerbado pelo embargo econômico mantido por Washington, especialmente após a administração Trump.
De acordo com estatísticas de 2024, cerca de 350 mil pessoas estavam em vulnerabilidade social, beneficiadas por programas assistenciais do governo. Um cenário que evidência a face amarga da realidade cubana, onde muitos se veem obrigados a vasculhar lixo em busca de alimento.
Esse episódio coloca em foco a importância de discutir abertamente a pobreza e suas consequências, além de instigar um debate sobre a sensibilidade das autoridades frente a uma situação que afeta severamente a qualidade de vida dos cidadãos. O que você pensa sobre essa questão? Deixe seu comentário!
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