No final da manhã desta terça-feira (11), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra encerrou o processo, iniciado nas primeiras horas do dia, quando os integrantes começaram a desocupar a sede da Prefeitura de Prado.
Segundo as lideranças do movimento, após uma assembléia para definição das novas ações em Prado, os assentados e acampados – que faziam parte da mobilização – decidiram retornar para seus lares, acreditando no compromisso firmado com o Prefeito João Alberto Viana Amaral, o ??Jonga?, numa reunião que durou quase sete horas, encerrada na noite desta segunda-feira (10).
A administração municipal se comprometeu em atender a maioria das reivindicações do movimento, pautadas em benefício para diversos acampamentos e assentamentos no território, que perfazem melhoria na saúde, na educação, na agricultura e na infra-estrutura de estradas e rodagens. Entre as reivindicações atendidas, estão a implantação de uma feira livre, no bairro São Sebastião, às quartas-feiras, com produtos dos pequenos produtores rurais do município, combustível e tratores para preparar a terra para o plantio, recuperação e melhoramento de campos de futebol, compra de equipamentos e reformas de escolas, dentre outros.
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra que tem um histórico de invasões e destruições do patrimônio público e privado, em ações de ocupações, surpreendeu com as iniciativas realizadas no extremo sul da Bahia. Com posicionamento ordeiro e pacífico, despertaram atenção da opinião pública, com cidadania e civilidade. Antes de deixar o prédio da Prefeitura de Prado, um mutirão retirou lixo e entulho das quase 800 (oitocentas) pessoas que ocuparam o prédio municipal. Outra ação, que não chamou menos atenção, foi a doação de alimentos trazidos das lavouras da reforma agrária e distribuídos para famílias carentes na zona periférica da cidade de Prado.
Para o Prefeito ??Jonga? mesmo com a ocupação do prédio público e da interrupção da prestação serviços, a avaliação é positiva porque serviu para mostrar as reivindicações e problemas enfrentados no campo.
Vamos oferecer melhores condições de trabalho, locando tratores, comprando parte da produção e destinando à merenda escolar e instituições carentes, reformar e reestruturar escolas, recuperar estradas e melhorar o atendimento na saúde. Isso não é senão o mínimo da obrigação do município para seu povo. Eles não reivindicaram nada mais do que era de direito, apenas algumas das reivindicações somente os governos estadual e federal pode resolver, mas vamos mediar as soluções?, afirmou.
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