A Polícia Nacional da Colômbia prendeu um torcedor que cometeu injúria racial contra Caio Paulista, lateral do Atlético-MG, durante a partida contra o Atlético Bucaramanga nos playoffs da Copa Sul-Americana. O incidente ocorreu na saída para o intervalo e houve pronta ação das autoridades locais, que identificaram e detiveram o agressor.
Em resposta ao caso, o Atlético-MG formalizou um Boletim de Ocorrência e exigiu providências imediatas. “Essa situação é revoltante e precisa acabar de uma vez por todas! Até quando teremos que conviver com esse absurdo? Força, Caio. Estamos com você!”, declarou o clube em uma nota oficial.
Após a vitória por 1 a 0, com gol de Hulk, Caio se manifestou, ressaltando a gravidade da situação: “Não adianta a gente brigar, fazer campanha. É triste, é frustrante. A punição tem que ser mais severa”, pedindo por medidas mais rigorosas contra o racismo no futebol.
Desde maio, a FIFA implementou mudanças em seu Código Disciplinar para o combate ao racismo, exigindo que jogadores que se sintam vítimas façam o gesto de “X” com os braços cruzados. Isso leva à interrupção imediata do jogo pelo árbitro e, se o comportamento persistir, o árbitro pode suspender a partida ou até decretar W.O. contra o clube infrator.
As federações afiliadas à FIFA agora têm a obrigação de adotar esse protocolo e a multa máxima por infrações racistas foi fixada em 5 milhões de francos suíços (cerca de R$ 34 milhões). Durante o Mundial de Clubes, essa regra foi aplicada após a denúncia do zagueiro Antonio Rüdiger, do Real Madrid.
Ainda não houve uma resposta oficial da Conmebol sobre o caso de Caio Paulista. Recentemente, a entidade impôs uma multa de US$ 15 mil (R$ 83,3 mil) ao meia Damián Bobadilla, do São Paulo, após ele ser acusado de xenofobia durante um jogo da Libertadores.
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