‘Nem trabalho com a hipótese de não resolver o tarifaço’, avalia Haddad

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Em uma entrevista contundente ao Estadão, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elevou a voz sobre as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos. Para ele, essa taxação é sem fundamento econômico e prejudicial para ambos os países. “Qual a razão de taxar suco, café e carne? Isso apenas encarece o café da manhã do americano”, refletiu Haddad, sublinhando a irracionalidade da medida.

Haddad enfatizou que os Estados Unidos deveriam aproveitar e até copiar inovações como o Pix. “Se não se incomodam com criptomoedas, por que incomodar um sistema de pagamentos tão eficiente?”, questionou, revelando sua perplexidade diante de tais medidas. Ele lamentou a falta de diálogo prévio e destacou que uma proposta de taxação de 10% apresentada pelo Brasil não recebeu resposta adequada, apenas um aumento brusco para 50%.

Abordando a situação, o ministro enfatizou a necessidade de uma resposta firme e estruturada do Brasil, uma vez que as tarifas podem afetar a economia brasileira de forma significativa. “Com cadeias de produção mais fragmentadas, um avião da Embraer depende de componentes americanos, e até o suco de laranja é processado nos EUA. Qual é o sentido de penalizar nossos produtos?”, indagou.

Em termos de solução, Haddad acredita que o tempo até agosto deve ser utilizado com sabedoria. “O presidente Lula busca resolver essa questão com a seriedade que ela merece, respeitando a soberania dos Estados Unidos”, afirmou. O ministro está convencido de que a estratégia de negociação é essencial e que, com empenho, conseguem superar essa crise.

Encerrando a entrevista, Haddad pontuou que não se deve sacrificar o Brasil em prol de interesses políticos alienígenas. “Estamos em um momento em que as prioridades devem ser a unidade e a defesa dos interesses brasileiros. É hora de somar forças e não dividir”, concluiu, instigando o público a refletir sobre o futuro econômico do país.

O que você acha desta situação? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre como o Brasil deve lidar com essas tarifações!

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