No último episódio do podcast JusPod, o renomado advogado criminalista João Daniel Jacobina trouxe uma reflexão profunda sobre os limites das medidas cautelares penais, como mandados de busca e prisão preventiva. Apresentado por Karina Calixto e Matheus Biset, o programa abordou a falta de fundamentação que muitas vezes permeia essas ações invasivas, afetando a esfera íntima dos cidadãos.
Jacobina destacou que mesmo quando uma pessoa é denunciada, a questão da invasão permanece preocupante. Ele expressou sua curiosidade em relação a estatísticas que comparem o número de mandados de busca deferidos e indeferidos. Para ele, o direito à inviolabilidade do domicílio é o último bastião da privacidade, frequentemente desconsiderado em decisões judiciais.
Ele citou um provérbio inglês que ilustra sua preocupação: “O vento pode balançar a casa, a chuva pode derrubar o telhado, mas o rei não pode nela entrar”. Essa analogia ressalta que, em última análise, o lar deve ser um espaço sagrado, livre de invasões, onde a vida privada se desenrola.
Além disso, Jacobina comentou sobre a stricte jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em relação à violação do domicílio, especialmente em casos de tráfico de drogas, onde a intervenção policial deve ser mais rigorosa e fundamentada. Ele comentou que, apesar das decisões poderosas em jurisprudência, a falta de preocupação com a fundamentação fica evidente nas autorizações para buscas domiciliares.
Ele conclui afirmando que, para que decisões judiciais realmente protejam os direitos dos cidadãos, é imprescindível que haja uma base sólida que justifique tais invasões. Afinal, como pode uma decisão autorizar múltiplas buscas sem um fundamento prático e direto para apoiar essa medida?
Se você se preocupa com o tema e as implicações nas liberdades individuais, compartilhe suas reflexões nos comentários. Como você vê o equilíbrio entre segurança pública e direito à privacidade?
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