Em uma ousada iniciativa para acolher os participantes da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), que ocorrerá em Belém, Pará, o Brasil decidiu inovar na oferta de hospedagem. Com as acomodações tradicionais já esgotadas, a solução encontrada foi utilizar dois navios de cruzeiro como hotéis flutuantes. Essa estratégia proporcionará até 6 mil leitos, garantindo conforto e acessibilidade para os convidados do maior evento climático do mundo.
As embarcações, que contam com aproximadamente 3.900 cabines, estarão disponíveis em etapas, abrangendo modalidades desde o setor hoteleiro convencional até alugueis de temporada, conforme um acordo firmado entre o Brasil e o Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. A ONU será a responsável por mediar a oferta de hospedagem para os países participantes.
Na primeira fase, 98 países em desenvolvimento ou formados por ilhas terão prioridade, com diárias que podem chegar a US$ 220. Os demais países poderão adquirir acomodações por um valor de até US$ 600. Essa medida se insere em um contexto maior de preparação para receber mais de 40 mil visitantes durante o evento, previsto para ocorrer entre 10 e 21 de novembro.
A contratação dos navios, MSC Seaview e Costa Diadema, foi realizada pela Secretaria Extraordinária para a COP30, em colaboração com a Embratur, que selecionou a operadora de viagens através de um chamamento público. As embarcações estarão ancoradas no Terminal Portuário de Outeiro, que está sendo ampliado para facilitar o acesso às conferências, com uma nova ponte que permitirá a travessia em cerca de 30 minutos.
Além dessa proposta inovadora, o governo do Pará está negociando com plataformas como Airbnb e Booking para aumentar a oferta de hospedagem, e transformará 17 escolas públicas em hostels temporários, ampliando as opções para o público que participará da COP30.
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