Na esfera jurídica brasileira, um novo capítulo se desenha na saga do hacker Walter Delgatti Neto. Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reafirmou a decisão de manter a prisão preventiva de Delgatti, que ganhou notoriedade por suas infiltrações em sistemas digitais. Em 2023, ele foi condenado a oito anos de reclusão após invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Moraes afirmou que as ações de Delgatti são graves e comprometem a integridade dos direitos protegidos pela lei, destacando a falta de novos elementos que justificassem uma mudança na decisão de manter a detenção. A decisão foi publicada em 18 de julho.
Curiosamente, o caso tem um envolvimento político significativo. A deputada Carla Zambelli, cujo paradeiro é desconhecido desde sua condenação a dez anos de prisão, participou da invasão ao CNJ. Juntos, Delgatti e Zambelli foram julgados em maio pela Primeira Turma do STF.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli teria articulado o ataque aos sistemas judiciários com o objetivo de alterar informações oficiais, enquanto Delgatti teria executado a invasão entre agosto de 2022 e janeiro de 2023. A dupla teria invadido seis sistemas do Judiciário em treze ocasiões, inserindo documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra Moraes.
A atuação da PGR revela que Zambelli teria recrutado Delgatti, ciente de sua expertise em tecnologia, sob a promessa de contratação para serviços ligados à sua função parlamentar. Ambos enfrentam acusações de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, negando as imputações.
Esse escândalo levanta questões cruciais sobre segurança digital e integridade das instituições públicas. O que você pensa sobre a relação entre tecnologia e política nessa narrativa? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!
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