Um novo cenário se desenha em meio à polêmica envolvendo a Associação Moriá, uma ONG que ensina alunos da rede pública do Distrito Federal a jogar ‘games’ como Free Fire e League of Legends. Em um movimento audacioso, parlamentares destinaram emendas que somam surpreendentes R$ 37,9 milhões à entidade apenas no fim de 2024. Até o momento, Moriá já recebeu R$ 53,3 milhões, e esse montante pode alcançar R$ 59,5 milhões.
Contudo, a questão que mais intriga é a natureza do credenciamento da ONG. O Ministério do Esporte confirmou que a Moriá apresentou documentos com informações irregulares, tanto no atestado de capacidade técnica quanto no projeto técnico-pedagógico. Mesmo assim, esses dados foram aceitos, levantando sérias dúvidas sobre a fiscalização governamental.
Estão entre os deputados que enviaram emendas para a Moriá:
- – Fred Linhares (Republicanos): R$ 27,6 milhões;
- – Izalci Lucas (PL): R$ 15,5 milhões;
- – Bia Kicis (PL): R$ 1,5 milhão;
- – Julio Cesar (Republicanos): R$ 800 mil; e
- – Paula Belmonte (Cidadania): R$ 500 mil.
O portal Metrópoles questionou a veracidade de uma suposta parceria da Associação Moriá com a Secretaria de Educação do DF para implementar o projeto. O Ministério confirmou que tal parceria ainda está em fase de estruturação e enfatizou que a responsabilidade sobre a precisão das informações é da própria ONG. O ministro André Fufuca destacou que, embora a veracidade das informações recaia sobre a entidade, investigações e auditorias podem ocorrer.
Fufuca, que assumiu a pasta em setembro de 2023, introduziu a ideia de uma diretoria dedicada aos ‘esports’, uma mudança de tom frente às críticas recebidas pela sua antecessora, que negou a classificação dos videogames como esporte. O ambiente se mostra tenso e carregado de incertezas, enquanto as implicações dessa questão se desdobram.
O que você acha dessa situação? Deixe seus comentários e compartilhe suas opiniões sobre a relação entre educação e jogos eletrônicos!
Comentários Facebook