EXÉRCITO DE AEDES
Unidade no Paraná Capaz de Produzir 100 Milhões de Ovos por Semana
Por Agência Brasil
19/07/2025 – 18:58 h

Larvas de mosquitos são infectadas com bactéria, reduzindo a transmissão de doenças –
O Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o World Mosquito Program (WMP) deram um passo significativo ao inaugurarem a Wolbito do Brasil, a maior biofábrica especializada na criação do Aedes aegypti inoculado com a bactéria Wolbachia. Esta bactéria impede a transmissão de doenças como dengue, chikungunya e zika.
Com uma equipe de 70 funcionários, a biofábrica é impressionante: pode produzir até 100 milhões de ovos de mosquito por semana. Neste primeiro momento, a unidade irá atender apenas o Ministério da Saúde, que seleciona as cidades prioritárias para a implementação do método, baseado nos mapas de incidência das arboviroses.
Desde 2014, o Brasil realiza testes com esta inovadora abordagem. As liberações iniciais ocorreram em Tubiacanga e Jurujuba, no Rio de Janeiro, e o método já foi expandido para cidades como Londrina e Foz do Iguaçu, Joinville, Petrolina, Belo Horizonte e Campo Grande. Atualmente, também está em implantação nas cidades de Presidente Prudente, Uberlândia e Natal.
A próxima fase do projeto contempla Balneário Camboriú e Blumenau, em Santa Catarina, além de áreas adicionais em Joinville. A biofábrica enfatiza que seu método não utiliza mosquitos transgênicos e complementa outras estratégias para eliminar criadouros.

Larvas de mosquitos são infectadas com bactéria, resultando em insetos com menor capacidade de transmitir doenças | Foto: Flávio Carvalho | WMP Brasil | Fiocruz
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou: “A inauguração dessa fábrica coloca o Brasil na linha de frente dessa tecnologia mundial, graças à parceria entre a Fiocruz e o Tecpar.”
Como Funciona
Presente em 14 países, o método consiste em liberar mosquitos infestados com Wolbachia no ambiente. Esses mosquitos se reproduzem com a população local, gerando descendentes que também carregam a bactéria, diminuindo a chance de transmitir doenças aos humanos. As wolbachias são um gênero de bactérias encontrado em mais da metade dos insetos do mundo, e pesquisas têm demonstrado sua eficácia na inibição de arbovírus.
De acordo com a Fiocruz, a expectativa é impactante: para cada R$ 1 investido, a economia com medicamentos e tratamentos pode variar entre R$ 43,45 e R$ 549,13.
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