Durante uma entrevista à Antena 1, o advogado especializado em propriedade intelectual, Rodrigo Moraes, reavivou um dos casos mais intrigantes da música brasileira: a acusação de plágio contra a banda Skank, feita por um poeta baiano, Ajax Jorge da Silva, em 1996.
A situação começou quando Ajax alegou que suas letras, entregues à mãe de uma amiga cantora, haviam sido copiadas pela banda. Em sua ação, o poeta pediu a proibição da execução de várias canções icônicas do grupo mineiro, incluindo “Pacato Cidadão” e “Garota Nacional”.
Segundo Rodrigo Moraes, o que se seguiu foi uma verdadeira trama de falsificação. Ajax supostamente criou um documento que alegava a autoria das letras, utilizando um selo do IPRAJ — um órgão do Judiciário — que, em uma perícia subsequente, foi provado que não existia na época mencionada. “Ele fotocopiou letras do disco “Samba Poconé”, autenticou e tentou usá-las como prova de plágio”, conta Moraes, ressaltando que todas as etapas do processo foram amparadas por evidências.
Embora a banda nunca tenha se manifestado oficialmente sobre o caso, essa acusação de má fé se tornou uma das mais polêmicas na história da música. O músico Chico Amaral, letrista do Skank, chegou a desabafar em uma reportagem da Folha de S. Paulo, criticando a cobertura do incidente. Ele revelou que o compositor Nando Reis foi um dos primeiros a oferecer apoio, reafirmando a inocência do grupo.
Essa história, que também é discutida no livro “Você diz que o meu samba é plágio”, co-autoria de Moraes e Juca Novaes, continua a ecoar, levantando questões não só sobre plágio, mas sobre a integridade no mundo da música. O que você acha desse episódio? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião!
Comentários Facebook