Em meio a um cenário de crescente tensão comercial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou sobre a relação do Brasil com os Estados Unidos durante uma coletiva em Santiago. Ele enfatizou que o país, até agora, não se encontra em uma guerra tarifária, mas que isso pode mudar conforme a resposta que dará a Donald Trump, caso o presidente americano não reveja sua posição.
“A guerra tarifária começará quando eu der uma resposta a Trump, se ele não mudar de opinião. As condições que o Trump impôs não foram adequadas”, declarou Lula, reiterando seu descontentamento com as alegações de déficits na balança comercial feitas pelo líder norte-americano. A declaração vem após Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida que entrará em vigor em agosto.
Lula, que está no Chile para um encontro sobre defesa da democracia com líderes progressistas, destacou que a crise com os EUA é um assunto que deve ser discutido internamente, e pediu que os empresários brasileiros mantenham diálogo com seus homólogos americanos. “Os setores produtivos de ambos os países são prejudicados por essa situação”, observou.
Sobre sua posição em relação a Trump, ele comentou: “Dois chefes de Estado precisam conversar e considerar os interesses de seus países. Eu defendo os interesses do Brasil, assim como ele defende os interesses dos Estados Unidos.” Lula elogiou ainda o trabalho dos ministros que o acompanham e expressou sua confiança na resolução das questões comerciais entre os países.
No Chile, ao lado de figuras como Gabriel Boric e Gustavo Petro, Lula comentou sobre os riscos ao processo democrático, associando o extremismo das atuais crises a situações históricas complexas. “A democracia é um bem precioso que deve ser defendido com vigor”, finalizou, antes de retornar a Brasília.
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