Um peixe-leão, uma espécie invasora oriunda do Oceano Indo-Pacífico, foi encontrado no último sábado (19) em Taipu de Dentro, um famoso destino turístico em Maraú, no baixo sul da Bahia. Essa captura levanta sérias preocupações sobre o impacto que essa criatura, dotada de 18 espinhos venenosos, pode ter no ecossistema marinho local.
O peixe foi localizado em um estuário, considerado um berçário vital para diversas espécies e um elemento essencial para a proteção costeira. A Secretaria do Meio Ambiente de Maraú soou o alarme, destacando que a presença do peixe-leão representa uma ameaça substancial ao equilíbrio ecológico da região.
A bióloga Stella Furlan, uma das responsáveis pelo projeto Mergulho Consciente, esclareceu a seriedade da situação. Segundo ela, essa espécie é capaz de produzir até 30 mil ovos em apenas 26 dias e consome em média 30 peixes a cada 20 minutos, consumindo até 70% do tamanho deles. Sem predadores naturais, a situação demanda a união de pesquisadores, nativos e pescadores para desenvolver estratégias de controle.
Relatos indicam que o peixe-leão já foi avistado em outras áreas da Bahia, como a Baía de Todos-os-Santos e Morro de São Paulo, mas até agora não existe um programa de monitoramento específico para tal invasor. Diante dos desafios apresentados, a Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema) está criando “Protocolos de Alerta, Detecção Precoce e Resposta Rápida”. Para isso, oficinas estão programadas para o segundo semestre de 2025, visando desenvolver um documento colaborativo e efetivo sobre o tema.
A preservação do nosso ecossistema marinho depende do engajamento de todos. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários!
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