Padrasto também provou bolinho envenenado que matou jovem de 19 anos

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No desdobrar de uma tragédia familiar, Admilson Ferreira dos Santos, padrasto de Lucas da Silva Santos, que faleceu aos 19 anos, confessou ter provado o bolinho envenenado que resultou em sua morte. Durante o interrogatório na polícia, Admilson revelou sua intenção de suicídio, explicando que havia misturado veneno com creme de leite antes de oferecer o alimento à família, incluindo Lucas.

“Fui atrás de um potinho de creme de leite para os bolinhos. Coloquei o creme de leite, botei um pouco do chumbinho e coloquei na boca: cortou minha boca. Dei um pouco para o Lucas, um pouco para o Tiago e um pouco para ela [esposa]”, relatou ele em áudios obtidos pela imprensa.

O veneno, conhecido como chumbinho, foi adquirido por Admilson, que pediu à esposa que o comprasse em uma loja local. Ele também denunciou o comerciante responsável pela venda do raticida, um produto ilegal no Brasil. A polícia constatou que o comerciante foi detido, mas liberado após audiência de custódia.

O velório de Lucas aconteceu no dia 22 de julho, em São Bernardo do Campo, enquanto a investigação sobre o caso se intensificava. O inquérito, que apura o homicídio, foi qualificado com três agravantes: motivação torpe, uso de veneno e a forma traiçoeira como o crime foi executado. A delegada responsável, Liliane Doretto, destacou que havia um padrão de abuso emocional por parte de Admilson, que pode ter influenciado as vítimas, incluindo Lucas.

O crime é tratado como passional, com indícios deque a motivação tenha sido a resistência de Lucas em permanecer na casa. O jovem teria adoecido gravemente após consumir os bolinhos enviados por sua tia, Cláudia Pereira dos Santos, a mesma que, no início da investigação, foi apontada como suspeita. Ela, no entanto, negou qualquer envolvimento e afirmou que havia enviado os bolinhos como um gesto de carinho.

Cláudia, em uma coletiva, explicou que Admilson havia pedido os bolinhos e que sua filha foi responsável pela entrega. “Ele me pediu os bolinhos. Minha filha de 9 anos levou com todo amor e carinho”, contou. Com a trama familiar agora exposta, muitos se perguntam: como um ato de amor pode se transformar em uma jornada de dor e desespero? Compartilhe suas reflexões nos comentários e junte-se a esta discussão sobre a complexidade das relações familiares e suas consequências.

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