As cidades e os estados mais violentos do Brasil

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Recentemente, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelou o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, trazendo à tona dados alarmantes sobre a violência letal no Brasil em 2024. O levantamento indica que o país sofreu 44.127 mortes violentas intencionais no ano anterior, correspondendo a uma taxa de 20,8 por 100 mil habitantes. Embora represente uma queda de 5,4% em relação a 2023, esse ainda é o menor índice desde 2012.

Apesar da redução geral, os estados da Região Norte e Nordeste continuam liderando as estatísticas de violência. O Amapá, com uma taxa de 45,1 mortes por 100 mil habitantes, ocupa o primeiro lugar nesta triste classificação, seguido pela Bahia (40,6), Ceará (37,5), Pernambuco (36,2) e Alagoas (35,4). Isso demonstra a necessidade urgente de intervenções eficazes nestas regiões.

No panorama municipal, destaca-se que as dez cidades mais violentas do Brasil em 2024 estão localizadas no Nordeste. Municípios como Maranguape (CE), Jequié (BA) e Juazeiro (BA) apresentam taxas alarmantes superiores a 70 mortes por 100 mil habitantes, uma situação diretamente ligada à intensa disputa entre facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas.

Posição Estado Taxa de MVI (por 100 mil hab.)
1 Amapá 45,1
2 Bahia 40,6
3 Ceará 37,5
4 Pernambuco 36,2
5 Alagoas 35,4
Posição Município (Estado) Taxa de MVI (por 100 mil hab.)
1 Maranguape (CE) 79,9
2 Jequié (BA) 77,6
3 Juazeiro (BA) 76,2
4 Camaçari (BA) 74,8
5 Cabo de Santo Agostinho (PE) 73,3

Além das estatísticas gerais, é alarmante notar o aumento dos crimes contra mulheres e crianças, com 1.492 feminicídios registrados em 2024, o maior número desde 2015. A maioria das vítimas era negra e os crimes ocorreram majoritariamente em suas residências. Também foram contabilizadas 2.356 mortes violentas intencionais entre crianças e adolescentes, um aumento de 3,7% em comparação ao ano anterior.

A violência virtual também apresenta um crescimento considerável, com um aumento de 17% nos estelionatos realizados por meios eletrônicos, impactando mais de 2,2 milhões de casos. Desde 2018, esse tipo de crime aumentou 408%, evidenciando a fragilidade do sistema de justiça na resposta a essas ameaças.

O número de desaparecimentos também disparou, chegando a 81.873 registros em 2024, um aumento de 4,9%. Essas estatísticas revelam um cenário preocupante e a necessidade urgente de ações contundentes para enfrentar a violência no Brasil.

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