Mineração X Agronegócio

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A mineração a cada dia se torna mais importante para a economia da Bahia sendo uma importante fonte de geração de emprego e renda para a população. A atividade mineral esteve presente em mais de 50% dos municípios baianos, em algum momento nos últimos cinco anos, conforme informações da Agência Nacional de Mineração (ANM). Aliado a isso, dados compilados pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) mostram, por exemplo, que a atividade, comparada ao agronegócio, paga salários muito maiores. 

O vencimento médio de quem trabalha na mineração é de R$ 2.166,14, contra R$ 1.343,00, recebido por quem trabalha no agronegócio. Outro dado importante é a relação entre empregos diretos e indiretos. Enquanto na mineração a proporção é 1:11 (A cada um direto, 11 indiretos são criados), no agronegócio é de 1:3 (A cada um direto três indiretos são criados).

E as vantagens da mineração não param por aí. A atividade gera uma receita bruta per capita (R$ por trabalhador) de mais de R$ 593 mil, contra os aproximadamente R$ 269 mil gerados pelo Agro. Ela também ocupa área bem inferior, o equivalente a 1,20% do território estadual, contra 5,60% do Agro.

Isso mostra a força e a representatividade que a mineração vem conquistando nos últimos anos. A receita bruta da mineração, por quilômetro quadrado, é superior em relação à do agronegócio. Enquanto na mineração é de R$ 1.401.924,33 no agro é de apenas R$ 1.302.840,95.

Além disso possuímos uma produção bastante diversificada. A Bahia tem mais de 43 minérios diferentes e somos líderes nacionais na produção de 19 substâncias. Em 2021, por exemplo, o estado teve um crescimento em sua produção mineral de 67%, número que foi superior ao do Pará, o maior estado produtor do país. E, em 2022, esperamos alcançar resultados ainda melhores e conquistar mais investimentos em pesquisa, tecnologia e uma logística mais eficiente e sustentável para o escoamento da produção. 

Aliado a isso, a mineração está a cada ano buscando modernizar as suas operações, para dessa forma causar menos impactos ambientais, e também preocupada com a qualidade de vida da população de onde estão inseridas, promovendo assim um desenvolvimento sustentável.

Vale destacar que as empresas precisam falar mais do seu papel social. A mineração baiana tem um trabalho muito forte com as comunidades, mas fala pouco dele. São escolas, cooperativas, produção de alimentos, esportes, dentre outros. Além de pagar salários melhores que a média local e usar mão de obra quase que toda da região. �? um trabalho belíssimo, mas que pouca gente fica sabendo. 

Antonio Carlos Tramm é presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), desde março de 2019. Antes disso, presidiu a Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb) e exerceu diversas funções no setor público, como Secretário de Turismo, Secretário de Transportes de Salvador e Diretor Comercial da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeb). Na iniciativa privada, atuou em diversas empresas e desenvolveu projetos como a incorporação imobiliária do bairro Caminho das Árvores e a implantação do Porto Seco Pirajá.
 

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