Os confrontos entre Tailândia e Camboja entraram no segundo dia, resultando na retirada de cerca de 60 mil pessoas da zona de fronteira. Este deslocamento, que ocorreu em 25 de julho, levou os refugiados a abrigos temporários em quatro províncias tailandesas. No Camboja, o impacto foi sentido por 4 mil pessoas que também precisaram se afastar das áreas afetadas. Até agora, pelo menos 14 indivíduos perderam a vida na Tailândia, enquanto o Camboja confirmou sua primeira fatalidade nesta mesma data.
As tensões começaram no final de maio, após a morte de um soldado cambojano em um incidente fronteiriço. A situação se agravou em 23 de julho, quando cinco soldados tailandeses ficaram feridos em uma explosão de mina terrestre em uma região criticamente contestada. As autoridades tailandesas responsabilizaram o Camboja, alegando que as minas foram colocadas em áreas supostamente seguras. Isso levou à expulsão do embaixador cambojano e à retirada do embaixador tailandês em Phnom Penh.
O governo cambojano rebatou as acusações, destacando que as minas não detonadas são um triste legado de conflitos anteriores. A fronteira de 800 quilômetros entre os dois países tem sido um ponto de disputa por décadas, mas os confrontos recentes têm sido mais intensos, com a última grande escalada ocorrendo em 2011, resultando em 20 mortes.
No decorrer da madrugada de 25 de julho, o Exército tailandês relatou intensos confrontos, com a situação crítica em várias localidades. Os ataques resultaram em mortes de um soldado e de 13 civis, incluindo crianças, além de muitos feridos. O governo cambojano também reportou a morte de um homem atingido por um foguete em uma pagoda budista. Ambos os lados trocam acusações, com a Tailândia negando ataques a civis e o Camboja acusando-a de utilizar “escudos humanos”.
A situação permanece tensa e preocupante. A comunidade internacional observa de perto os desdobramentos desse conflito, que vitima inocentes e causa um grande deslocamento populacional. O que você pensa sobre a escalada das tensões na região? Deixe seu comentário abaixo e participe da discussão.
Comentários Facebook