“Não é bem-vindo”: protestos marcam visita de Trump à Escócia

Publicado:

No último sábado, 26 de julho, a Escócia foi palco de intensos protestos contra a visita do presidente dos EUA, Donald Trump. Enquanto centenas de pessoas se reuniam em Edimburgo e Aberdeen para expressar sua rejeição, Trump estava em seu campo de golfe particular em Turnberry, cercado por um rigoroso esquema de segurança. Ao final do dia, o presidente americano revelou avanços nas negociações para um cessar-fogo entre Tailândia e Camboja, que vinham enfrentando confrontos desde quinta-feira.

Acompanhado de seu filho Eric e do embaixador dos EUA no Reino Unido, Trump deu suas primeiras tacadas de golfe pela manhã, aproveitando a estadia em seu resort de luxo.

A chegada do presidente, na noite anterior, transformou a pacata Turnberry em uma fortaleza, com estradas bloqueadas e diversos postos de controle. Apesar de Trump afirmar sua admiração pela Escócia – onde sua mãe nasceu –, a visita gerou divisões entre os escoceses, especialmente em relação às suas políticas e investimentos locais, com muitos considerando suas ações como negativas.

Organizados pelo grupo “Coalizão Stop Trump”, os protestos contaram com dezenas de manifestantes, que se aglomeraram em frente ao consulado dos EUA em Edimburgo e em Aberdeen, onde Trump possui outro resort de golfe. Os cartazes diziam: “A Escócia odeia Trump”, enquanto alguns portavam bandeiras palestinas.

Em Aberdeen, Maggie Chapman, deputada do Partido Verde Escocês, expressou a indignação local: “Ele não é bem-vindo aqui, assim como suas políticas.” A deputada não hesitou em denunciar Trump como sexista e misógino, e criticou a destruição do patrimônio natural da região causada por seu resort.

A visita, ao mesmo tempo, acirrou tensões. Muitos participantes dos protestos trouxeram suas próprias causas, como Amy Hanlon, de 44 anos, que protestava contra o genocídio em Gaza, ligado ao apoio dos EUA e do Reino Unido. Ao mesmo tempo, seguidores de Trump se reuniram no Aeroporto de Prestwick, onde longas filas formaram-se para vê-lo, destacando um contraste significativo nas reações do público.

Após seu dia de golfe, Trump anunciou em sua rede social que estava atuando como mediador em uma disputa entre Tailândia e Camboja, buscando um cessar-fogo imediato e paz. Este conflito, que resultou em 33 mortes, acendeu novos alarmes, levando o Conselho de Segurança da ONU a convocar uma reunião de emergência.

Em outra frente, a pauta comercial entre os EUA e a União Europeia também estava em destaque. Trump deve se reunir com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, neste domingo, para discutir acordos que evitem a elevação das tarifas entre os dois blocos econômicos, destacando a importância de sua visita além da diplomacia e do lazer.

Essa mistura de protestos e negociações ressalta um momento crucial na política global e nas relações comerciais, onde vozes dissonantes se encontram em meio a decisões que impactam a todos. Qual a sua opinião sobre a visita de Trump à Escócia e os protestos que a acompanharam? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Homem com extensa ficha criminal é espancado até a morte no DF

Na madrugada de um domingo trágico, um homem foi brutalmente espancado até a morte em Brazlândia, no Distrito Federal. A cena do crime,...

O que Dilma tem dito sobre o tarifaço prometido por Trump

No coração das discussões políticas contemporâneas, a ex-presidente Dilma Rousseff emerge como uma voz influente no cenário internacional, especialmente em relação ao radical...

Metrópoles Endurance: atletas chegam cheios de energia para 2º dia

No vibrante cenário do Metrópoles Endurance, o sol surgiu radiante, e a energia tomou conta do Pontão do Lago Sul neste animado domingo...