Em uma declaração clara, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) confirmou que o Brasil busca um diálogo construtivo com os Estados Unidos, isento de contaminações políticas ou ideológicas. Na coordenação desses esforços, está o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, que tem lidado com as recentes tensões comerciais desde que o presidente Donald Trump anunciou o aumento das tarifas sobre produtos brasileiros.
Inicialmente, em abril, a alíquota proposta era de 10%, mas em julho, o presidente norte-americano elevou essa tarifa em 50%. Essa decisão foi apresentada como uma retaliação a ações ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que está enfrentando desafios judiciais. Em resposta, o MDIC deixou claro que, sob a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as negociações estão em curso, priorizando um diálogo pacífico.
“Desde o anúncio das medidas unilaterais feito pelo governo norte-americano, o governo brasileiro, por orientação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem buscando negociação com base em diálogo, sem qualquer contaminação política ou ideológica”, afirma a nota do MDIC.
Lula sustentou firmemente a importância da soberania brasileira, ressaltando que interferências externas em questões internas não são aceitáveis. Caso Trump não reconsidere sua posição, o Brasil pode acionar a Lei da Reciprocidade Econômica, que permite respostas comerciais a medidas de outros países.
“Reiteramos que a soberania do Brasil e o estado democrático de direito são inegociáveis. Contudo, continuamos abertos ao debate sobre questões comerciais, uma postura que já é reconhecida pelo governo norte-americano”, finalizou o MDIC.
A nota destacou ainda que a relação entre Brasil e Estados Unidos, que se estende por 200 anos, é fundamental e deve ser preservada, apesar dos desafios atuais. No entanto, Alckmin enfrenta dificuldades nas negociações, buscando uma alternativa que adie ou reduza a alíquota imposta.
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