Haddad vê sinais de abertura dos EUA para negociar tarifaço e descarta submissão: ‘Brasil nunca abandonou a mesa’

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Em uma terça-feira marcada por tensões comerciais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trouxe à tona uma esperança de diálogo com os Estados Unidos. Ele anunciou que há indícios de que o governo americano está aberto a negociar a temida sobretaxa de 50% proposta por Donald Trump para produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em breve. Haddad, na cerimônia sobre mobilidade verde no Palácio do Planalto, afirmou: “O Brasil nunca abandonou a mesa de negociação. Acredito que esta semana haja algum sinal de interesse em conversar.”

O ministro revelou que o Brasil já enviou duas cartas formais aos EUA desde maio, aguardando uma resposta, e destacou o empenho do vice-presidente, Geraldo Alckmin, que recentemente se reuniu com seu homólogo americano para discutir a questão. “Estamos fazendo nossa parte para manter o canal aberto e o diálogo respeitoso”, acrescentou Haddad. Ele não tratou o prazo da tarifa como um obstáculo intransponível, crendo que uma negociação pode ocorrer mesmo sob a iminência da aplicação da medida.

Ciente das possíveis consequências, o governo está elaborando um plano de contingência para mitigar os impactos da sobretaxa, caso esta se concretize. As estratégias incluem medidas similares às implementadas durante a pandemia, visando proteger empregos e apoiar empresas. Contudo, Haddad enfatizou que a decisão final sobre o plano pertencerá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos preparados para proteger nossas empresas e trabalhadores, mantendo sempre o diálogo aberto”, afirmou.

Ao ser questionado sobre o tom das relações entre Brasil e EUA, Haddad foi enfático: o país não adotará uma postura submissa, ao contrário do que ocorreu anteriormente. “O Bolsonaro tinha um estilo muito subserviente. Isso não está à altura do Brasil. É preciso liturgia e respeito para que a conversa aconteça da maneira correta”, declarou, mostrando um desejo de renovação nas conversações bilaterais.

O tarifaço foi anunciado por Trump, em uma carta enviada a Lula, onde justificava a medida com razões políticas e comerciais. Apesar de afirmar que as tarifas entrarão em vigor “sem prorrogações”, Haddad continua otimista sobre um possível entendimento. Ele acredita que os EUA estão começando a compreender melhor as perspectivas do Brasil sobre diversos temas. Com a expectativa de uma conversa direta entre Lula e Trump, Haddad frisou a importância de criar um ambiente propício para que essa interação ocorra de forma digna e respeitosa. E você, o que acha dessa situação? Deixe sua opinião nos comentários!

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