Na vibrante cidade de Alagoinhas, Bahia, o projeto “Educação Antirracista enquanto elemento estruturante do currículo” da Creche da Baixa da Candeia se destaca como uma referência nacional, selecionado entre 739 iniciativas inovadoras pelo Ministério da Educação (MEC). Este projeto não apenas reflete um compromisso com a educação integral, mas também com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Divulgado recentemente, o reconhecimento vem como resultado de uma seleção rigorosa que envolveu experiências de 714 municípios de todo o Brasil. As experiências selecionadas estarão em destaque em uma mostra nacional na Universidade Federal de Minas Gerais, nos dias 1º e 2 de outubro. “Ao compartilhar nossas práticas, mostramos que é possível integrar o antirracismo desde a educação infantil”, afirma Iranildes Barreto, coordenadora pedagógica da creche.
Zuleide Paz, diretora interina, complementa que a inclusão de atividades que celebrem a diversidade é vital para as crianças e para a comunidade. “Esse trabalho impacta não só nossos alunos, mas todos ao nosso redor.” A importância do projeto vai além da sala de aula: ele transforma vidas e comunidades, reconhecendo e valorizando cada cultura que compõe a rica tapeçaria social da região.
O MEC, em parceria com a UFMG, busca não só mapear, mas também divulgar práticas que promovam qualidade e equidade na educação. Os projetos foram avaliados com base em seis eixos, incluindo Gestão Democrática e Inclusão, refletindo a responsabilidade e o impacto que ações bem estruturadas podem ter nas vidas dos estudantes.
“Esse reconhecimento nos enche de orgulho e demonstra que é possível trabalhar a questão do racismo na educação de forma eficaz”, declara Rita Bastos, secretária de Educação de Alagoinhas. As atividades promovem o contato com as culturas africanas e indígenas, formando cidadãos conscientes, respeitosos e empoderados.
Através do “Julho das Pretas”, um projeto emblemático, as crianças exercitam a autoestima homenageando figuras históricas e suas próprias referências no dia a dia. Entre homenageadas estão mulheres negras admiradas em suas comunidades, como a vereadora Juci Cardoso e a cozinheira da creche, Karina Rodrigues, que destaca: “É gratificante saber que as crianças valorizam meu trabalho, é uma troca verdadeira de carinho.”
Juci Cardoso enfatiza que o projeto abraça a Lei 10.639/2003, assegurando que a História e Cultura Afro-Brasileira sejam parte fundamental do currículo oficial. “Em uma comunidade majoritariamente negra como a nossa, é imprescindível que as crianças vejam suas potencialidades refletidas em suas referências”.
Este projeto não é apenas uma ação isolada; é um movimento, uma revolução nas salas de aula que molda o futuro. Compartilhe essa história inspiradora e ajude a promover mudanças significativas. O que você pensa sobre a importância de iniciativas como essa? Comente abaixo!
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