Em uma reunião crucial em Washington, o chanceler brasileiro Mauro Vieira transmitiu ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que o Brasil está preparado para responder às recentes sanções do governo Trump. Essa conversa se deu logo após a imposição de novas medidas contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, em virtude da Lei Magnitsky.
A intenção de diálogo por parte do Brasil foi enfatizada por Vieira, que deixou claro que o país busca negociar questões comerciais, mas sem abrir mão de sua soberania. Neste contexto, o chanceler avisou que o Brasil se reserva o direito de reagir às ações do governo americano “como” e “quando” for conveniente.
Logo após o encontro, Trump anunciou um pacote tarifário que afeta produtos brasileiros, embora o decreto tenha incluído quase 700 exceções. Essa dupla movimentação gerou um clima de surpresa entre os bolsonaristas, como o deputado Eduardo Bolsonaro, que ficou a par da reunião apenas pela imprensa. Eduardo e seus aliados estavam céticos quanto à possibilidade de uma interação entre o governo Lula e a administração Trump, e temiam uma aproximação quepoderia contrariar suas expectativas.
O Itamaraty, percebendo a tensão em torno desse encontro, optou por manter a reunião em sigilo, confirmando-a apenas após o seu encerramento. Essa estratégia do governo brasileiro reflete uma preocupação em salvaguardar as intercorrências diplomáticas em um cenário delicado.
Antes dessa reunião com Rubio, Mauro Vieira havia chegado aos Estados Unidos para participar de compromissos, incluindo uma importante conferência da ONU sobre a Palestina. Demonstrando proatividade, o chanceler havia avisado as autoridades americanas sobre sua presença e interesse em discutir as tarifas, sinalizando um movimento estratégico nas relações internacionais.
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