Nos últimos dias, a província de Cabo Delgado, em Moçambique, foi palco de uma devastadora onda de violência desencadeada pelo Estado Islâmico. Entre os dias 22 e 27 de julho de 2025, os ataques brutalmente direcionados a comunidades cristãs resultaram na morte de pelo menos nove pessoas, destacando-se a atrocidade ocorrida em Natocua, onde seis cristãos foram capturados e decapitados por insurgentes.
Desde 2017, Cabo Delgado tem sido um campo de batalhas, com o EI-M conduzo uma insurgência que deixou milhares de civis sem vida. O grupo não apenas assassinou em brutalidade, mas também impôs a cobrança de uma taxa conhecida como jizya, um sinal de submissão ao autoproclamado califado. Estes terroristas mantêm vínculos com outras facções extremistas, intensificando a sua operação sob a coordenação do Escritório Al Karrar, liderado por Abdulqadir Mumin, considerado uma figura chave no movimento extremista global.
Recentemente, um relatório do MEMRI revelou que o IS-M não só se vangloriou de decapitações, mas também da destruição de igrejas e casas. Entre 15 e 18 de julho, os ataques a vilarejos cristãos foram amplamente divulgados através de canais de propaganda do Estado Islâmico. Em uma de suas declarações, o grupo ameaçou novas ofensivas, incitando muçulmanos a abraçar a jihad e se afastar das chamadas “terras da descrença”.
Essa série de eventos é parte de uma narrativa expansionista mais ampla, onde a violência religiosa não se limita a Moçambique, mas se estende à República Democrática do Congo e à Nigéria. Em um relatório, a organização destacou que quase 5.000 pessoas foram atingidas por ações violentas apenas no último ano islâmico, entre elas, 1.480 identificadas como “cruzados”, uma referência direta às comunidades cristãs. A instabilidade continua a desafiar a região, que já enfrenta anos de incertezas e insegurança.
A situação em Moçambique clama por atenção e ação. Que tal compartilhar suas reflexões sobre este tema? O que você acha que pode ser feito para ajudar a enfrentar essa onda de violência e promover a paz?
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