A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) trouxe uma nova reviravolta ao anunciar que as investigações contra seu presidente, Samir Xaud, foram suspensas por decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR). O veredicto judicial evidenciou a falta de elementos concretos que ligassem Xaud a possíveis crimes eleitorais.
Na determinação, o vice-presidente do TRE-RR ressaltou que “não restaram demonstrados elementos concretos de autoria e materialidade delitiva capazes de associar a participação do paciente na prática de crime eleitoral”. Ele também criticou a medida de busca e apreensão previamente decretada contra o presidente da CBF, classificando-a como desproporcional e evidenciando um “grave constrangimento ilegal”.
Em resposta à decisão, Samir Xaud declarou: “Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida e da grave exposição negativa da minha imagem. Seguirei trabalhando com foco, fé e honestidade em prol do futebol brasileiro.”
A suspensão das investigações surge no contexto das ações da Polícia Federal, que na última quarta-feira (30) cumpriu mandados de busca e apreensão vinculados à Operação Caixa Preta. Esta operação visa investigar supostos crimes eleitorais nas eleições municipais de 2024 em Roraima.
A operação afetou não apenas Xaud, mas também a deputada federal Helena da Asatur (MDB) e seu marido, Renildo Lima, que está sob investigação desde sua prisão em flagrante em setembro de 2023, quando foi encontrado com R$ 500 mil, parte do valor escondida em sua cueca.
A operação envolveu diligências na residência de Samir Xaud e na sede da CBF no Rio de Janeiro. No total, dez mandados de busca foram expedidos, sendo sete em Boa Vista, a capital do estado. As investigações visam uncover indícios de compra de votos e movimentações financeiras suspeitas, levantando preocupações no cenário esportivo nacional devido ao envolvimento de um dirigente da principal entidade do futebol brasileiro.
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