No último sábado, o Hamas divulgou um vídeo angustiante de Evyatar David, um jovem israelense de 22 anos, que aparece cavando o que acredita ser sua própria cova em um túnel na Faixa de Gaza. Visivelmente enfraquecido, David contou que está há dias sem comer e descreveu sua situação de extrema fome e sede, numa manobra do grupo terrorista para pressionar o governo israelense durante as negociações pela libertação dos reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.219 mortes, de acordo com autoridades israelenses.
No vídeo, David compartilha sua dor com uma voz fraca e exibe um calendário improvisado, marcando os dias sem alimento. Ele revela que se alimenta escassamente de lentilhas e feijões e mostra uma lata de comida, supostamente entregue por um sequestrador, e diz: “Esta lata é para dois dias, para que eu não morra”. Sua mensagem ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é clara e desesperada: “Fui completamente abandonado por você”.
A irmã de Evyatar, Yaelah David, expressou sua angústia nas redes sociais, afirmando que ver a situação do irmão foi “como um milhão de socos no meu coração”. Ela enfatizou a brutalidade do Hamas, comparando-os a uma ameaça ainda maior que o Estado Islâmico, destacando que estão matando de fome não apenas os reféns, mas também a população de Gaza.
Enquanto isso, o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, general Eyal Zamir, reafirmou que as operações em Gaza não vão cessar até que todos os reféns sejam libertados. Atualmente, 49 pessoas sequestradas em outubro ainda estão em cativeiro, com 27 delas já declaradas mortas.
O conflito em Gaza resultou em mais de 60 mil mortes, segundo dados do Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, e esses números são corroborados pela ONU. A situação continua a mobilizar os familiares dos reféns e manifestantes, que exigem um acordo e o fim do conflito.
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