Nos recantos de Sobradinho, um pai de santo se tornou o protagonista de um pesadelo inominável. Leandro Mota Pereira, conhecido como Pai Leandro de Oxossi, é alvo de investigações por dopar, estuprar e ameaçar pelo menos quatro mulheres e uma adolescente, todas entre 17 e 30 anos, que buscavam abrigo e fé em seu terreiro de umbanda. Ele manipulava a crença das vítimas, alegando que as relações sexuais eram ordenadas por entidades espirituais.
O horror começou a se desenrolar entre maio de 2024 e junho deste ano, em um ambiente que deveria ser de acolhimento, mas que se transformou em um espaço de exploração. Leandro seduzia suas vítimas, cultuando a confiança e convencendo-as a passar fins de semana em sua propriedade rural. Foi nesse cenário de aparente acolhimento que ele começou a orquestrar seus atos de violência.
A Manipulação pela Fé
Uma das vítimas, atraída por promessas de proteção e cura espiritual, compartilhou sua vida com o pai de santo e sua família. Durante uma visita à propriedade, ele ofereceu uma bebida, alegando que era benéfica. Após consumir, a jovem acordou em meio a cólicas e sangramentos, mas o terror não parou por aí. Em uma noite, ao acordar com Leandro completamente nu sobre ela, a situação se transformou em um ato brutal. Ele a ameaçou, envolvendo o irmão dela nas suas ameaças, prevendo um futuro sombrio caso ela comentasse o que havia ocorrido.
Os abusos tornaram-se frequentes, e o pai de santo usava a figura de “Zé Pilintra” para justificar suas atrocidades. “O Zé já me falou que você quer”, repetia. A jovem caiu em uma armadilha de manipulação e medo, enquanto Leandro disfarçava seu controle sob o manto da espiritualidade.
O Ciclo de Violência e Controle
Outro relato revela como Leandro mirava mulheres vulneráveis, prometendo apoio emocional e espiritual. Após estabelecer um contato pelo WhatsApp, ele as convidava para sua loja. A conversa rapidamente tomava rumos obscuros, levando-as a acreditar que os abusos eram inevitáveis e parte de um “ensinamento” necessário. As vítimas se viam presas em um ciclo de violência, convivendo com ameaças e agressões que deixaram marcas profundas.
Mesmo após escapar, uma das mulheres teve que mudar de cidade e de número de telefone, temendo pelas consequências dos ataques do pai de santo. Conversas sobre hackeamento de dados e ameaças continuam a ser um tormento que as vítimas não conseguem esquecer.
Procurado, Leandro nega todas as acusações. Em uma defesa surpreendente, afirmou nunca ter estado sozinho com qualquer mulher em sua loja ou ter realizado ações violentas. “Jamais ameacei e nem hackeei o celular de ninguém”, afirmou, sem compreender a gravidade das denúncias que o cercam.
A história de Pai Leandro é um alerta sobre como a fé pode ser manipulada de maneira perversa, levando vítimas a situações de abuso inimagináveis. Agora, resta à comunidade refletir e se unir para garantir que outras mulheres não enfrentem o mesmo destino. Sua voz pode ser a chave para uma mudança. Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre essa situação alarmante.
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