Em um dia marcado por polêmicas, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, defendeu a reforma constitucional que permite a reeleição ilimitada, afirmando que estas mudanças não sinalizam o fim da democracia. Em sua visão, a resistência de organismos internacionais a essa decisão se deve ao preconceito contra um “país pequeno e pobre” que ousa reivindicar sua soberania.
Bukele, que possui um notável índice de aprovação popular devido à drástica redução da violência em sua gestão, argumentou que “90% dos países desenvolvidos” adotam a reeleição sucessiva sem que provoquem tanta controvérsia. Ele ressaltou que o verdadeiro cerne das críticas está mais relacionado à condição de El Salvador do que ao modelo político adotado.
Após a aprovação da reforma pela Assembleia Legislativa, Bukele se manifestou nas redes sociais, afirmando que, mesmo se o país seguisse normas semelhantes às de monarquias europeias, as críticas continuariam. Para ele, o que se espera é que El Salvador permaneça submisso às expectativas externas.
Contudo, a reforma é cercada de controvérsias, particularmente devido a uma nova onda de repressão contra opositores e jornalistas, que se sentiram forçados a deixar o país. Organizações como Anistia Internacional e Human Rights Watch consideram essa mudança legal um “golpe mortal” à democracia, acusando o governo de manipular a Constituição para perpetuar-se no poder.
Bukele, na presidência desde 2019 e reeleito em 2024 com cerca de 85% dos votos, enfrenta críticas de grupos de direitos humanos que apontam abusos no combate ao crime organizado, como detenções em massa sem mandados judiciais e restrições às liberdades civis. Em meio a tantas controvérsias, o futuro político de El Salvador permanece incerto.
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