ONG gasta R$ 70 mil em gerador para proteger Playstations de R$ 3 mil

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Uma ONG beneficiária de emendas de vereadores em São Paulo recentemente chamou atenção ao gastar R$ 70 mil de dinheiro público no aluguel de um gerador. O objetivo? Proteger Playstations de aproximadamente R$ 3 mil cada durante as aulas de videogame oferecidas a jovens na periferia. Esse tipo de gasto levanta questões sobre a gestão de recursos destinados a projetos sociais.

A Federação Estadual das Ligas de Esportes Amadores do Estado de São Paulo (Felfa-SP) recebeu mais de R$ 8,5 milhões da prefeitura, sendo R$ 300 mil destinados a um evento de jogos de videogame. No entanto, mais de 20% desse valor foi utilizado apenas para garantir o funcionamento de um gerador que previne a queima dos aparelhos elétricos. Pesquisas revelam que o aluguel de equipamentos, uma prática comum, muitas vezes não é a opção mais econômica.

Entre maio e agosto do ano passado, a ONG atendeu 320 jovens, mas, em vez de comprar os Playstations, optou pelo aluguel. Essa decisão resultou em um gasto total de R$ 63 mil, além do aluguel do gerador. Se a Felfa-SP tivesse adquirido os videogames, poderia ter comprado cerca de 20 unidades, que poderiam ser reutilizadas em edições futuras do programa.

Além do gerador, a entidade também contratou diversos profissionais, incluindo um eletricista e uma fotógrafa, com gastos elevados. A Dmix Produções e Eventos, empresa responsável por quase todas as contratações, recebeu 96% do valor da emenda, levantando preocupações sobre a concentração de serviços em uma única empresa.

Em resposta à controvérsia, a Felfa-SP defende que os custos foram analisados e aprovados pela Secretaria Municipal de Esportes, e que a locação dos videogames considerou também fatores como seguro e manutenção. A crítica ao aluguel do gerador de R$ 70 mil foi justificada como uma medida para garantir a segurança dos equipamentos e a continuidade das atividades, ressalvando que a transparência nos gastos é um compromisso da entidade.

Após esses acontecimentos, o vereador responsável pela emenda, Marcelo Messias, reiterou seu objetivo de ampliar o acesso ao esporte, embora admita que não é possível acompanhar todos os detalhes dos projetos. A Secretaria Municipal de Esportes anunciou que desenvolverá uma tabela de preços para melhor governança e controle das despesas, visando a transparência e a responsabilidade na utilização dos recursos públicos.

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