Opinião: Oposição se anima com chance da “muleta Lula” não funcionar tão bem na Bahia em 2026

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Em meio ao tumultuado cenário político baiano, os dados recentes do Instituto Paraná Pesquisas lançam uma luz de preocupação sobre a hegemonia petista em 2026. Enquanto os defensores de Lula tentam desacreditar as pesquisas, a verdadeira inquietação está nas chances reais de que o presidente não retorne com a mesma força que transpareceu nas eleições anteriores. Essa é a aposta da oposição, que vê uma janela de oportunidade se abrindo.

Durante a campanha de 2022, o objetivo do entorno de ACM Neto era claro: evitar que Lula superasse 70% dos votos na Bahia. Mesmo sabendo que a corrida estaria perdida em outras condições, os esforços em associar Neto ao bolsonarismo não surtiram efeito. O resultado? Uma ascensão surpreendente de Jerônimo Rodrigues, que consolidou a vitória em um primeiro turno, mostrando que a magia eleitoral do petismo ainda tinha seu peso.

Para 2026, o clima é diferente. A expectativa de que Lula não contará com o mesmo respaldo que teve anteriormente se torna um fator revitalizador para a oposição. Mesmo com sinais de melhora na avaliação pública, o impacto de questões econômicas, como o aumento no preço da cesta básica, pode ser o verdadeiro divisor de águas na hora do voto. As promessas de um futuro melhor são cruciais, e qualquer estagnação pode afetar a renovação do governo federal.

Embora Lula e Jerônimo ainda sejam vistos como favoritos, a competição promete ser feroz. A pressão sobre eles para se manterem na liderança é imensa. Qualquer deslize ou comodismo pode transformar candidatos em azarões. E a capacidade de Lula de transferir votos para o candidato a governador se torna um desafio, especialmente se a imagem do governo federal continuar a oscilação.

Um dos grandes pontos de tensão reside na habilidade de Jerônimo em fortalecer sua própria identidade como governador, algo que seus antecessores conseguiram fazer rapidamente. Enquanto isso, contar com a presença de figuras influentes, como Jaques Wagner e Rui Costa, pode tanto fortalecer a base como gerar divisões indesejadas. A combinação de um governo em baixa e um Lula menos influente parece, assim, alimentar a energia da oposição.

Por fim, os números do Instituto Paraná Pesquisas, embora desmerecidos pelos petistas, estão longe de ser inócuos. Eles são um indicativo de que a oposição está se mobilizando e que, apesar das tentativas de contê-los, a luta pela Bahia em 2026 promete ser acirrada. O jogo político é complexo, e cada movimento é decisivo.

Qual é a sua opinião sobre a situação política na Bahia? Você acredita que a oposição está realmente pronta para um novo desafio? Deixe seu comentário e compartilhe suas impressões!

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