Em uma medida que promete transformar o acesso ao território norte-americano, os Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira (4), que começarão a exigir uma caução de até US$ 15 mil para determinados vistos de turismo e negócios. Essa garantia financeira, que pode atingir o equivalente a R$ 82 mil, é uma resposta a preocupações sobre visitantes que excedem a validade de seus vistos. O programa piloto será implantado em duas semanas e se estenderá por um ano.
Conforme detalhado no Federal Register, o foco da iniciativa está nos vistos B-1, destinados a atividades empresariais temporárias, e B-2, para viagens turísticas e de lazer, além de tratamentos médicos. O protocolo estipula que, a partir de 20 de agosto, os agentes consulares poderão solicitar valores de caução de US$ 5.000, US$ 10.000 ou US$ 15.000, com uma expectativa de que a maioria das exigências comece em pelo menos US$ 10.000.
Estrangeiros de países com alta taxa de permanência ilegal, e onde as informações de triagem são consideradas insuficientes, estarão sujeitos a essa nova regra. A lista de países afetados será divulgada no site Travel.State.Gov com pelo menos 15 dias de antecedência ao lançamento do programa, e pode ser ajustada durante sua vigência.
Esta medida não é inédita. Em 2020, o Departamento de Segurança tentara implementar uma versão semelhante, mas desistiu devido ao impacto da pandemia de Covid-19 nas viagens. O programa atual é parte de uma resposta à ordem executiva 14.159, emitida pelo ex-presidente Donald Trump, visando proteger os cidadãos americanos de possíveis ameaças. Além disso, em abril, o governo iniciou a venda dos “Gold Cards”, que, ao exigir um investimento de US$ 5 milhões, visa facilitar o caminho para cidadãos ricos obterem a cidadania americana, substituindo o atual programa EB-5.
Essas mudanças, que prometem aperfeiçoar o controle sobre a permanência de visitantes no país, levantam questões importantes sobre a forma como os Estados Unidos estão redefinindo sua abordagem em relação à imigração e ao turismo. O que você acha dessa nova exigência? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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