Na noite de segunda-feira, 4 de agosto, o deputado federal Alberto Fraga (PL-DF) manifestou seu apoio a Jair Bolsonaro, chamando a decretação de sua prisão domiciliar pelo ministro Alexandre de Moraes como uma clara “perseguição”. Fraga, que se considera parte da base política do ex-presidente, destacou em suas redes sociais que Bolsonaro representa “a maior voz da direita brasileira”.
O deputado criticou a situação política, afirmando que “a perseguição política ultrapassou todos os limites”. Em sua visão, enquanto “verdadeiros corruptos estão soltos”, aqueles que desafiam o sistema estão sendo silenciados injustamente. Fraga concluiu sua mensagem com um forte incentivo: “Força, capitão”.
As Restrições de Bolsonaro
A ordem de Moraes não se limitou à prisão domiciliar. O ex-presidente enfrentava diversas medidas cautelares, incluindo a proibição de deixar o país, uso de tornozeleira eletrônica e restrições de circulação durante a noite e nos finais de semana. Além disso, Bolsonaro estava impedido de se aproximar de embaixadas e consulados, bem como de contatar autoridades estrangeiras.
Outro ponto crucial era a proibição de acessar redes sociais, diretamente ou por meio de terceiros, com o objetivo de evitar qualquer comunicação que pudesse contornar essas restrições. O não cumprimento dessas regras poderia resultar na revogação das medidas cautelares e na decretação de sua prisão.
Na decisão que impôs a prisão domiciliar, Moraes destacou o descumprimento das regras previamente estabelecidas. A gota d’água foi a participação de Bolsonaro, por telefone, em manifestações organizadas por seus apoiadores no dia anterior.
Em seus termos, Moraes expressou que “a Justiça é igual para todos” e que aqueles que quebram as normas, especialmente de forma reiterada, devem arcar com as consequências de seus atos. Essa decisão acentua um embate contínuo entre o ex-presidente e o sistema judicial, refletindo o clima tenso da política brasileira.
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